Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
COELHO, CAMILA GOMES VIRGINIO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=92481
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A histoplasmose é causada pelo fungo dimórfico e saprófita Histoplasma capsulatum var.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">capsulatum. Apesar do caráter endêmico da histoplasmose em humanos no Brasil, dados</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sobre a ocorrência dessa micose em animais são escassos. A origem ambiental da infecção</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para humanos e animais em certas regiões permanece desconhecida, bem como a prevalência</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">da infecção em animais. Apesar da doença não ser zoonose, os animais devem ser</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">investigados, pois podem funcionar como marcadores geográficos indicativos da presença do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">fungo na região. No Nordeste do Brasil, ocorre co-existência entre histoplasmose e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">leishmaniose visceral em humanos, por isso foi investigada evidência sorológica de H.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">capsulatum em canídeos com leishmaniose e em felídeos, considerando que esses animais</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">poderiam atuar como sentinelas para a histoplasmose. O primeiro objetivo do estudo foi traçar</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">um perfil soroepidemiológico quanto à presença deste fungo no Estado por meio de inquérito</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sorológico em canídeos e felídeos. Para tanto, foram coletadas 224 amostras de soro de cães,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">1 de raposa, 131 de felinos domésticos e 6 de felinos selvagens e testadas para a presença de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">anticorpos contra H. capsulatum, através de imunodifusão. Dos cães testados, quatro (1,78%)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">amostras foram positivas para a presença de anticorpos contra H. capsulatum e todas as</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">amostras de gatos e animais selvagens foram negativas. O segundo objetivo foi a busca ativa</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de H. capsulatum no solo e em morcegos, caracterizando a busca ambiental. Nesta etapa, 55</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">morcegos foram capturados. Amostras de solo dos locais onde esses animais foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">capturados também foram processadas, com o intuito de se isolar o fungo do ambiente. Baço,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">fígado e pulmão dos morcegos capturados e amostras de solos coletados não exibiram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">crescimento de H. capsulatum. O terceiro objetivo foi apresentar três casos de histoplasmose</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">em felinos e descrever as características fenotípicas das cepas isoladas. Os felinos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">apresentaram lesões de pele ulceradas e nodulares e desordens respiratórias como os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">principais sinais clínicos. Análises morfológicas das cepas isoladas confirmaram a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">identificação de H. capsulatum. A reação de PCR específica para a proteína de 100 KDa do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">H. capsulatum mostrou uma banda de 391 pb, que é compatível com o achado micológico. O</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">teste de sensibilidade antifúngico mostrou que as concentrações inibitórias mínimas (CIMs)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">encontradas para a fase filamentosa das cepas variaram de 0,06 a 0,25; 0,004 a 0,06; 0,12 e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">4,0 a 8,0 μg/ ml para anfotericina B, itraconazol, voriconazol e caspofungina,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">respectivamente. Já para a fase leveduriforme as CIMs variaram de 0,06 a 0,12; 0,016 a 0,03;</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">0,002 a 0,004 e 0,5 a 2,0 μg/ ml para anfotericina B, itraconazol, voriconazol e caspofungina,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">respectivamente. Para o sulfametoxazol-trimetoprim, os resultados variaram de 0,08/0,016 a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">0,3/0,06 mg/ ml para a fase filamentosa e de 5/1 a 20/4 mg/ ml para a fase leveduriforme.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Neste estudo, apesar da baixa positividade (1,78%), foi confirmada evidência imunológica da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">co-existência de histoplasmose e leishmaniose em cães vivendo em áreas urbanas, podendo os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">caninos serem utilizados como sentinela da exposição ao H. capsulatum. Não foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">recuperadas cepas de H. capsulatum a partir dos quirópteros ou de solo coletados,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">necessitando de buscas ambientais adicionais a fim de se estabelecer a origem da infecção</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para homens e animais. As apresentações clínicas observadas em felinos e as características</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">morfológicas encontradas para as cepas fúngicas isoladas, como apresentação macro e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">micromorfológica em ágar batata e Sabouraud, e perfil de sensibilidade antifúngico com</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">baixas CIMs para anfotericina B, itraconazol e voriconazol e altas CIMs para caspofungina,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">corroboram os achados da literatura. As baixas CIMs observadas in vitro para sulfametoxazoltrimetoprim</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para H. capsulatum criam perspectivas para o uso in vivo da droga em animais.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Histoplasma capsulatum, histoplasmose, cães, gatos, morcegos,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">imunodifusão, teste de sensibilidade.</span></font></div><div style=""><br/></div> |