Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Elder Batista da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96153
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">Analisar a cajucultura cearense do ponto de vista das dinâmicas territoriais no período atual é uma tarefa complexa, principalmente quando o recorte de pesquisa está relacionado à agricultura familiar, categoria de produtores que devido ao seu processo de constituição não apresentam um padrão homogêneo e, por mostrar tamanha diversidade funcional, possui diferentes leituras ao seu respeito. Ainda é preciso levar em conta que a cajucultura desenvolvida por essa categoria de produtores não se configura de maneira singular, além das múltiplas características inerentes ao produtor e à própria cultura, uma gama de agentes também atuam nesse território e estes da mesma forma necessitam de interpretação quanto ao seu papel e suas funções. Diante do exposto esta pesquisa teve como objetivo realizar uma leitura das dinâmicas territoriais que entrelaçam a cajucultura familiar cearense no século XXI. Para alcançar tal objetivo dividimos a metodologia em três fases principais: definição do arcabouço teórico metodológico a partir da escolha de temas, categorias e conceitos que nortearam a análise da realidade investigada; levantamento e sistematização de dados secundários a partir dos eixos que estruturam a pesquisa e trabalho de campo direcionado aos sujeitos vinculados ao setor da cajucultura no Ceará e nas áreas de maior produção agrícola de base familiar. Ao realizarmos esta pesquisa podemos concluir que o território da cajucultura cearense, que na sua essência é familiar, ao ser incorporado pela expansão capitalista, passou a ser configurado por uma série de novos agentes que ora atuam de maneira conflituosa, ora realizam cooperações em meio às relações cotidianas, ou mediatizadas por redes de informação. Assim, por intermédio das tramas marcadas por conflitos, contradições, mas também cooperações, o território da cajucultura no Ceará ganhou novas formas, conteúdos e normas. O resultado dessa dinâmica se apresenta de maneira perversa, por meio da monopolização do território da cajucultura familiar, via subordinação da renda da terra ao capital. Todavia, mesmo metamorfoseado, por um lado, o território permanece pela continuidade da atividade e dos sujeitos que o compõe e ao mesmo tempo se organizam na perspectiva de manter a existência. Palavras-chave: Território. Cajucultura familiar. Agentes. Multiescalaridade. Monopolização do território.</span></div> |