Ser negra/o na escola: um estudo sociológico sobre a concepção de estudantes sobre o racismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Anderson Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=102743
Resumo: Qual o sentido de ser negra/o numa escola? Quais situações constrangedoras uma/um estudante negra/o pode enfrentar devido a sua cor nessa instituição? Como é ser negra/o na escola? Seu gênero e cor influenciam no processo educativo? E a classe social? Essas foram perguntas norteadoras para esta pesquisa que tem como objetivo compreender os sentidos que estudantes negras/os dão as relações étnico-raciais em uma escola púbica de ensino médio no munícipio de Fortaleza (CE). Para isso, foram realizadas quatro oficinas pedagógicas que tinham função de: i) identificar as expressões das discriminações raciais no âmbito escolar (o silêncio, as violências oral e física); ii) verificar as práticas de racismo e sua relação com a questão de classe da/o aluna/o negra/o; e, iii) constatar as percepções do corpo discente negra/o sobre a discriminação étnico-racial no tocante a questão de gênero. Através de uma metodologia, predominantemente a partir de imagens, se percebeu como estas/es estudantes negras/os se sentem sobre sua cor neste espaço. Através de suas narrativas pudemos perceber o quanto os marcadores de raça, classe social e gênero estão intermitentemente correspondidos e que, em determinados momentos, suas trajetórias se cruzam, demonstrando que o fenômeno do racismo escolar ainda é presente na sociedade, o que justifica a necessidade desta pesquisa. Percebemos também como o humor é um elemento caracterizador do racismo escolar, fazendo com que este se mascare em formas de “brincadeiras”. Assim, esta pesquisa de caráter qualitativo, teve como referências bibliográficas autoras/es como Nilma Lino Gomes (2017), Kabengele Munanga (2005), Lélia Gonzalez (2000), Grada Kilomba (2010), Abdias Nascimento (1939) e Eliane Cavalleiro (2010) a fim de entender como o racismo escolar se comporta na atualidade.