Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Schramm, Sandra Maria de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=14090
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Resumo: |
O presente trabalho objetivou entender como a escola vem exercendo seu papel de formar sujeitos morais. Acreditando que a escola tem um papel importante na formacao do juizo moral na crianca, podendo prejudicar (no sentido de reforcar a heteronomia) ou auxiliar (promovendo a autonomia do aluno), buscou-se entender como tem utilizado esse seu poder nas diversas situacoes escolares. A pesquisa de campo investigou o cotidiano de uma escola que assume adotar uma postura construtivista, tendo como foco uma sala de aula. O referencial teorico basico foi a teoria do desenvolvimento moral de Jean Piaget. Foram realizadas observacoes, entrevistas com profissionais da escola e a utilizacao do metodo clinico com o objetivo de apreender como estava o nivel de juizo moral dos alunos. O instrumento utilizado consistiu de uma adaptacao a realidade cearense de uma ja adaptacao dos testes elaborados por Jean Piaget. As situacoes dos testes, que abordam conflitos morais, originalmente enfocando cenas familiares, foram apresentados em duas versoes, a partir do desdobramento de uma única categoria de autoridade parental (pai ou mae) em duas: parental e escolar (professor). As observacoes evidenciaram que a aparente visao construtivista que permeia o discurso e fundamenta a proposta pedagogica da escola, objeto da pesquisa, nao e efetivada em sua acao. A avaliacao de carater mais quantitativo dos resultados dos testes resolveu nao haver diferenca consideravel entre as respostas em relacao as categorias autoridade parental e autoridade escolar, possibilitando considerar que ha uma generalizacao do conceito de autoridade pelas criancas. A avaliacao qualitativa, no entanto, esclareceu que as criancas manifestam uma carga emocional maior quando se referem as autoridades parentais. Foi percebido que fatores como condicao economica, crenca religiosa e vivencias extra familiar e escolar, permeiam a construcao do juizo moral pelas criancas, o que nao diminui a responsabilidade da escola na promocao do desenvolvimento da autonomia nos alunos. Pode-se afirmar que a escola nao revela compromisso com uma formacao do sujeito autonomo, intelectual ou moral e, na base desse descompromisso, aponta-se o desconhecimento teorico. Os dados da pesquisa nos remetem a reflexao de que a abordagem construtivista, embora aparentemente ja estudada em exaustao, nao parece ser bem compreendida entre alguns educadores que acreditam teatro-la como embasamento. |