Efeito gastroprotetor do óleo essencial de Croton zehntneri Pax et Hoffm

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Barreto, João Erivan Façanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=35865
Resumo: <span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal; font-style: normal;">O </span><i style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Croton zehntneri</i><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;"> Pax et Hoffm (Euforbiácea), conhecido como "canela-de-cunhã", é uma planta distribuída em abundância no mundo inteiro, principalmente nas regiões tropicais e temperadas. No Brasil, é encontrada principalmente nas caatingas do Nordeste. Sua principal característica é o odor forte e agradável, exalado por todas as partes da planta. Suas cascas e folhas são usadas na preparação de bebidas aromáticas e refrescantes e, na medicina popular, na preparação de chás e infusões utilizados como sedativo, antianoréxico, estomáquico, antiespasmódico e antidiarreico. O óleo essencial de </span></font><i style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Croton zehntneri </i><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">(OEC</span></font><sub style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">z</sub><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">) apresenta baixa toxicidade aguda, atividades antinociceptiva, antiflamatória, antiespasmódica e antimicrobiana comprovadas. O presente trabalho avaliou a toxicidade crônica do OEC</span></font><sub style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">z</sub><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">, bem como seus efeitos sobre a mucosa gástrica íntegra e em modelos experimentais de lesões gástricas induzidas por etanol a 75%(100</span></font><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">&#956;</span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">L/10g, v.o.), indometacina (30mg/Kg, i.p.) e por estresse por retenção e frio(4</span></font><span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">±</span><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;1°C, durante 3 horas). A </span><span style="font-size: 13.3333px;">avaliação</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;das lesões foi feita </span><span style="font-size: 13.3333px;">através</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;de dois diferentes </span><span style="font-size: 13.3333px;">métodos</span><span style="font-size: 10pt;">, a análise do índice de lesão e o cálculo da área de lesão utilizando o <em>Scion Image program</em>. Avaliou-se, ainda, seu efeito sobre a secreção gástrica e sobre o trânsito gastrintestinal. O OEC<sub>z</sub>, utilizado em dose única de 100 ou 300 mg/Kg, v.o., não promoveu efeito lesivo sobre a mucosa do estômago. O uso prolongado de OEC<sub>z</sub> por 21 dias na dose de 700 mg/Kg, v.o. (20% da DL<sub>50</sub>) também não causou lesão na mucosa gástrica e nenhuma alteração nos parâmetros bioquímicos e hematológicos analisados. No entanto, neste experimento, houve redução do consumo médio diário de ração (de 5,84 g/animal/dia para 2,86 g/animal/dia) e, consequetemente, perda de peso. No modelo de úlcera induzida por etanol o OEC<sub>z</sub> reduziu significativamente e de modo dose-dependente o índice de lesão gástrica de 46,02&nbsp;</span></font><span style="font-family: Calibri;">±&nbsp;</span><span style="font-size: 10pt; font-family: Arial, Verdana;">5,94 (valor no controle) para 16,08&nbsp;</span><span style="font-family: Calibri;">±&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt;">2,05; 7,61&nbsp;</span><span style="font-family: Calibri;">±&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt;">3,10 e 0,80&nbsp;</span><span style="font-family: Calibri;">±&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt;">0,32, para as doses de 30, 100 e 300 mg/Kg respectivamente. O efeito máximo foi observado com a dose de 300 mg/Kg de OEC<sub>z</sub> e correspondeu a uma inibição de 99,95% em relação ao controle. Quando avaliado pelo <em>Scion Image program</em>, o OEC<sub>z</sub> (30 ou 100 mg/Kg) reduziu significantemente a área da lesão induzida por etanol. Em lesões gástricas induzidas por indometacina, o OEC<sub>z</sub> (100mg/Kg) promoveu uma redução significativa da área de lesão (56,37% de redução -p&lt;0,05; teste t de Student). No entanto, as doses de 30 mg/kg (OEC<sub>z</sub>) e de 5 e 10 mg/kg (omeprazol) não foram capazes de prevenir o aparecimento de lesões nesse modelo experimental. No modelo de lesão gástrica induzida por estresse com retenção ao frio, em ratos, o OEC<sub>z&nbsp;</sub>(100 mg/kg) não alterou significativamente a área de lesão, diferentemente do omeprazol (10 mg/kg) que foi capaz de reduzir essa área para 0,17&nbsp;</span><span style="font-family: Calibri;">±&nbsp;</span><span style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt;">0,07. Essa redução estatisticamente significante, (p&lt;0,05; teste t de Student) correspondeu a 71,2%. O OEC<sub>z&nbsp;</sub>(100 mg/kg) aumentou significantemente a produção de muco pela mucosa gástrica lesada por etanol. No modelo da ligadura pilórica, o OEC<sub>z&nbsp;</sub>(30 e 100 mg/kg) não promoveu alteração significativa no volume e no pH da secreção gástrica. Além disso, o OEC<sub>z&nbsp;</sub>(100 mg/Kg)aumentou significativamente (p&lt;0,05; teste t-Student não-pareado) o trânsito intestinal, em camundongos. Em conclusão, o OEC<sub>z</sub>, quando utilizado por via oral, apresenta baixa toxicidade, mesmo que seja em tratamento prolongado, não provoca lesão na mucosa gástrica e protege a mesma de lesões induzidas experimentalemnte, provavelmente por aumentar a camada de muco protetor.</span>