Infecção experimental por Salmonella enteritidis em pombos (Columba livia) : avaliação da via e período de excreção ao meio ambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Albuquerque, Átila Holanda de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70362
Resumo: Os pombos domésticos (Columba livia) pertencem à Ordem columbiformes, família Columbidae. A alimentação dos pombos é bastante variada (sementes, restos de alimentos) o que favorece a multiplicação dessas aves, resultando em transtornos de caráter ambiental e de saúde publica, pois os mesmos podem transmitir enfermidades virais, fúngicas e bacterianas. Dentre as bacterianas destaca-se a Salmonelose, zoonose de grande importância em saúde pública. A cepa Salmonella Enteritidis (SE) é responsável pelo maior número de surtos em humanos. As aves têm um papel importante na disseminação de salmonelas e podem atuar como portadores assintomáticos, excretando continuamente o patógeno nas fezes. Nos columbídeos o comportamento da SE ainda é pouco elucidado, portanto, este trabalho teve como objetivo inocular em pombos por via oral uma cepa de Salmonella Enteritidis resistente ao ácido nalidíxico (SENarl) isolada de galinhas, para avaliar a via e o período de eliminação da mesma ao meio ambiente. Utilizou-se 64 pombos adultos (F4) alojados em pares por gaiola, divididos em dois grupos: A (n=32) e B (n=32) com doses de 1,9x106 UFC/mL e 1,9x108 UFC/mL respectivamente. Cada grupo foi dividido em dois subgrupos para análise swabs cloacais e concentração de SE em órgãos como fígado e baço (n=24) e concentração de SENarl em fezes (n=8), subgrupo 1 e subgrupo 2 respectivamente. Nos dias 3, 7, 14, 21, 28 e 35 pós-inoculação (Dpi), foram coletadas amostras de fezes e foram eutanaziados quatro pombos de cada grupo para coleta de fígado e baço para análise de UFCs e frequência de positividade para SENalr após enriquecimento dos órgãos macerados e incubados em caldo Selenito Cistina contendo 40μg/mL de novobiocina (SCNov). Nos dias 3, 5, 7, 10, 14, 17, 21, 24, 28, 31 e 35 foram coletados os swabs cloacais para avaliar a positividade do patógeno. Observou-se que não houve óbito das aves durante todo o experimento. Não foi possivel realizar a contagem UFCs de SENalr nos órgãos, porém, foi possível recuperar SENalr nos órgãos dos pombos do grupo B com 7 Dpi após enriquecimento seletivo em SCNov com posterior plaqueamento em ágar verde brilhante com ácido nalidíxico (25 µg / mL) e novobiocina (2 µg / mL). Outra consequência ocorrida em função da dosagem administrada foi a não detecção do patógeno no fígado ou baço a partir de 14 Dpi. Observou-se nos swabs a excreção do patógeno até 14 Dpi, sendo que de maior dosagem (grupo B) teve maior excreção do patógeno (p<0,05) em relação ao grupo A apenas nos dias 3 e 5 Dpi. A utilização de uma cepa não adaptada aos pombos parece ter 11 influenciado na baixa frequência de SENalr nas amostras obtidas de swabs cloacais. Como também apresentar excreções intermitentes de SENarl, devido aos achados do patógeno nas fezes até 14 Dpi, fazendo necessário programas mais eficazes de controle de Salmonella em pombos, não adotando apenas o método de cultura de swab cloacal como determinante de um diagnóstico, assim como utilizar maiores amostragens de pombos e periodicidade dessas coletas em tais casos, para assim saber o estado real das aves. Palavras-chave: Pombos. Inoculação. Salmonella Enteritidis