PADRÕES ALIMENTARES DE GESTANTES: UM ESTUDO COMPARATIVO NOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Andrade, Maria Iranilde Rocha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=89414
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O consumo alimentar da gestante pode afetar diretamente a saúde materna e infantil. Conhecê-lo é fundamental para direcionar ações em educação nutricional. O objetivo deste estudo foi determinar os padrões alimentares de gestantes atendidas no nível secundário de atenção à saúde (ASS) e comparar com os padrões, identificados em estudos anteriores na atenção primária (APS) e terciária (ATS) em Fortaleza – Ceará. Os dados socioeconômicos, de saúde e de acompanhamento do pré-natal foram coletados em questionário próprio padronizado. Os dados de consumo foram coletados em Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar validado para gestantes. As variáveis discretas foram analisadas por dispersão de frequência pelo teste do Qui-Quadrado. A derivação dos padrões foi realizada por aplicação de análise de componentes principais seguida de rotação ortogonal tipo Varimax. Participaram 578 mulheres com idade entre 19 e 53 anos, sendo atendidas 201 na APS, 177 na ASS e 200 na ATS. As gestantes do diferentes níveis de atenção apresentaram diferenças significativas para idade (p=0,047), escolaridade (p&lt;0,001), paridade (p&lt;0,001), recebimento de orientação sobre alimentação (p&lt;0,001), número de consultas realizadas no pré-natal (p&lt;0,001) e presença de excesso de peso pré-gestacional (p&lt;0,001). Prevaleceram gestantes com idade &#8804; 35 anos (90,1%), com companheiro (74,2%), com renda familiar &lt; 3 salários mínimos (92,4%), com escolaridade &gt;8 anos (61,1%), multíparas (74,6%), com início do pré-natal até a 13a semana (58,0%), que receberam orientação sobre alimentação nas consultas (63,8%) e que realizaram &lt;6 consultas (71,3%). Os padrões derivados na ASS foram: “processado”, “misto” e “comum-Brasileiro” e os padrões já identificados e utilizados no estudo comparativo foram: da APS, “brasileiro atual”, “denso em energia” e “saudável”, e da ATS, “comum-Brasileiro”, “saudável” e “denso em energia”. Os padrões derivados na ASS foram: “processado”, “misto” e “comum-Brasileiro” e os padrões já identificados e utilizados no estudo comparativo foram: da APS, “brasileiro atual”, “denso em energia” e “saudável”, e da ATS, “comum-Brasileiro”, “saudável” e “denso em energia”. O padrão identificado como “processado” foi o primeiro fator derivado na ASS sendo semelhante aos padrões “denso em energia”, segundo fator derivado na APS, e terceiro fator na ATS. O padrão “misto” foi o segundo fator identificado na ASS e, apesar de ter características de padrões saudáveis, apresentou diferenças em relação aos padrões “saudável” da APS e ATS por não conter vegetais e cereais integrais e pela presença de doces e biscoitos. Os padrões “brasileiro atual” e “comum-Brasileiro” surgiram como primeiro fator na APS e ATS, respectivamente. Na ASS o padrão “comum-Brasileiro” surgiu com alimentos característicos&nbsp;das grandes refeições (arroz, feijão, carnes e massas) além do café e das oleaginosas. Os padrões denominados “brasileiro atual” e “comum-Brasileiro”, identificados na APS e ATS, apresentaram maior variedade de alimentos, inclusive processados, e cargas fatoriais elevadas para industrializados. Verificou-se, apesar de não ser objetivo deste estudo, que as gestantes dos três níveis de atenção apresentaram diferenças importantes nas características socioeconômicas, de saúde e de acompanhamento pré-natal que podem justificar, em parte, as diferenças entre os principais padrões alimentares identificados em cada grupo. Sugerimos a realização de estudos que avaliem as possíveis associações entre as características populacionais nos diferentes níveis de atenção à saúde e os padrões alimentares identificados.</span></font><div><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Gestantes. Consumo de Alimentos. Atenção à Saúde.</span></font></div>