A INFERIORIZAÇÃO DA MULHER NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL:UM ESTUDO À LUZ DA ONTOLOGIA MARXIANA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LIMA, CRISTIANE MARIA ABREU
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84450
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Expomos, neste trabalho, resultados fundamentais de uma investigação acerca da exploração sofrida pelas mulheres sob o modo de produção capitalista, tendo as políticas educacionais como via de opressão. Demonstramos, em primeiro lugar, que a ocorrência da opressão e exploração da mulher é anterior ao capitalismo, estando intrinsicamente relacionada ao surgimento da propriedade privada, da família monogâmica, da divisão social de classes e do trabalho explorado. Com vistas a desmistificar a opressão sofrida pelas mulheres como um fenômeno de origem natural, biológica ou cultural, revisamos, no segundo capítulo, a teoria marxista, em especial a obra de Friedrich Engels, A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, em que o autor analisa cada período histórico da humanidade como um processo de produção e reprodução não apenas da vida imediata, mas também, da vida social. No terceiro capítulo, examinamos as decorrências da divisão sexual do trabalho sob a condição feminina, relacionadas à crise estrutural do capital e à restruturação produtiva. No quarto capítulo, mapeamos os documentos oficiais do Movimento de Educação para Todos, destacando a relação entre educação e a paridade/igualdade de gênero mulher contida em tais documentos, os quais tratam a temática como exclusiva da questão de gênero, colocando a educação como a agência responsável por excelência, pela promoção da equidade entre meninos e meninas e do empoderamento das mulheres. O estudo caracteriza-se como bibliográfico e documental, tendo como base teórica o referencial marxista. A partir da perspectiva metodológica do materialismo histórico e dialético, permitimo-nos uma investigação que apreendesse as determinações históricas e as leis que comandam o movimento do real. Nesse sentido, a pesquisa intenta atestar que, enquanto tivermos uma sociedade alicerçada na propriedade privada e na divisão da sociedade em classes, a mulher não conquistará sua efetiva emancipação. Com efeito, a educação enquanto complexo social, segue cumprindo a função de fortalecer a opressão e a exploração sofrida pelas mulheres, então reafirmarmos que somente com a superação da ordem vigente, regida pelas rédeas do capital, a mulher poderá se tornar livre das amarras que as exploram e oprimem.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Opressão da mulher. Divisão sexual do trabalho. Movimento de Educação para Todos. Emancipação Humana.</span></font></div>