Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Valeria Maria De Oliveira Da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95733
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Resumo: |
Esta pesquisa investigou as estratégias para a construção da representação discursiva acerca das mulheres candidatas a cargos majoritários a partir de postagens e comentários veiculados em sites de redes sociais, na campanha das Eleições Gerais de 2018, para desnudar as formas de manifestação do discurso misógino. Assim, intencionamos identificar os principais tipos de discursos misóginos, e como esses discursos se relacionam descrevendo as formas de representação da mulher a fim de analisar quais os recursos linguísticos e/ou multimodais utilizados para a constituição da misoginia. Esta pesquisa fundamenta-se teórico-metodologicamente nos estudos da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001, 2003, 2005); (RESENDE; RAMALHO, 2011, 2017); (VAN LEEUWEN, 1998, 2018); na Gramática do Design Visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 1996, 2006); e ainda nos estudos sobre discurso de ódio e misoginia (BUTLER, 1997); (GLUCKSMANN, 2007); (SILVA, 2011). Para a análise, selecionamos duas candidatas a cargos majoritários, Marina Silva e Manuela DÁvila. Sobre elas, utilizamos 35 textos verbais e multimodais, sendo 22 retirados do Facebook e 13 colhidos do Twitter. Destes, foram um total de 6 postagens, 3 relacionadas à Manuela DÁvila, acompanhadas de 17 comentários, e, 3 referentes à Marina Silva, juntamente com 12 comentários. A análise dos dados e os resultados comprovaram que a representação feminina na política é feita com a intenção de naturalizar assimetrias de gênero e, para isso, muitos discursos, não necessariamente circunscritos à política, são utilizados para desqualificar as mulheres. Na maioria dos textos verbais e/ou multimodais publicados e/ou compartilhados nas redes sociais, as candidatas foram representadas de uma forma que rebaixa e humilha a mulher que entra para o âmbito da política, a fim de proporcionar uma imagem de que esse é um espaço naturalizado do homem e confirmar a tese de uma sociedade patriarcal que pensa a mulher como um ser que deve se contentar com as funções ditas do mundo feminino. Portanto, essas representações apoiam-se em estratégias para reforçar as relações assimétricas de poder entre os gêneros, e destinam-se a legitimar políticas conservadoras que excluem as mulheres do cenário político e deslegitimam suas vozes. |