NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A DOENÇAS CARDIOMETABÓLICAS E OSTEOMUSCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: PENHA, JOAQUIM RANGEL LÚCIO DA
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Saúde da criança e do adolescente
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86053

Objetivou-se analisar a prevalência dos níveis de aptidão física associados aos índices sociodemográficos, avaliando alunos do ensino fundamental de escolas públicas municipais da zona urbana do Crato. Trata-se de pesquisa descritiva, de corte transversal e abordagem quantitativa, realizada com escolares da zona urbana do município de Crato, CE. A população foi composta por 207 alunos selecionados de maneira estratificada e aleatória, profissionais de educação física e profissionais da informática, selecionados pelos currículos, por meio da Plataforma Lattes. O estudo foi realizado em duas etapas: na primeira, foram realizados testes e medidas, seguiram-se os procedimentos e as orientações do PROESP-BR (2016). Foram analisadas as prevalências de crianças e adolescentes classificados na zona de risco à saúde, nas seguintes componentes da aptidão física relacionada à saúde: composição corporal (IMC - calculado a partir das medidas da massa corporal e estatura), aptidão cardiorrespiratória (teste de corrida/caminhada de 6 minutos), flexibilidade (teste sentar-e-alcançar sem banco) e força/resistência muscular (teste sit’up). Na segunda etapa, foi desenvolvido material educativo digital (aplicativo), foi utilizada a metodologia proposta por Falkembach (2005), que se divide nas seguintes etapas: análise e planejamento; modelagem; implementação; avaliação e manutenção; distribuição. Foram utilizados como instrumento de coleta de dados questionários com informações sociodemográficas dos participantes e a bateria de Testes e Avaliação do Projeto Esporte Brasil- PROESP – BR, versão 2016. Utilizou-se questionário adaptado do Questionaire for User Interaction Satisfaction (QUIS). Para o tratamento estatístico dos dados, utilizou-se: (1) para análises descritivas, a frequência de ocorrência em valores percentuais, (2) para as diferenças entre o desempenho nos testes de aptidão física entre os períodos de avaliação, adotou-se uma regressão logística com nível de significância de 0,05. Os resultados da composição corporal mostram dados significantes p&lt;0,05 na escolaridade do chefe da família, renda familiar e prática de exercícios físicos, cuja razão de chance de ser classificado em zona de risco à saúde observada nesse componente foram de 2,0 vezes a mais para os avaliados, a qual o chefe da família possuía escolaridade alta, 2,3 vezes a mais para os de renda alta e 0,05 vezes a menos para os que praticavam exercícios físicos de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde. Apontou-se ainda resultados significativo, p&lt;0,05 na<br/>aptidão cardiorrespiratória com a idade e a prática de exercícios fiscos, cuja razão de chance foi 4,8 vezes maior para adolescentes em relação às crianças e 0,08 vezes menor para os praticantes de exercícios físicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde. No teste da flexibilidade, os adolescentes apresentam 1,2 vezes a mais de chance de ser classificado em ZRS. Mostrou, ainda, que a razão de chance é de 0,1 vez menor de ser classificado em zona de risco nesse componente para os que seguem as orientações estabelecidas pela OMS. Apresenta resultados significativo, p&lt;0,05 no teste de resistência muscular localizada com a renda familiar e a prática de exercícios fiscos, cuja razão de chance foi 0,4 vezes menor para os que possuíam renda alta e 0,1 vezes menor para os praticantes de exercícios físicos recomendados. Oe estudo possibilitou identificar os níveis de aptidão física em crianças e adolescentes, permitindo relacioná-las com as doenças crônicas, também realizou comparação do desempenho dos participantes utilizando recursos de avaliação que verifique a associação com fatores sociodemográficos. Além disso, permite refletir acerca da importância de adotar e incentivar hábitos saudáveis, mantendo-se ativo com práticas de atividade física em níveis adequados para saúde na infância.<br/>Palavras–chave: Doenças do coração. Osteomuscular. Aptidão física. Criança. Adolescente.