Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
CABRAL, JÉSSICA VICTOR DE LACERDA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113663
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Resumo: |
A síndrome do intestino curto (SIC) ocorre por diminuição da massa funcional do intestino delgado, sendo a desnutrição secundária decorrente um dos fatores determinantes da má evolução clínica, o que aumenta a morbimortalidade. Em adultos, as principais causas de SIC são as ressecções cirúrgicas amplas ou múltiplas. Após ressecção maciça do intestino delgado o tratamento precoce é direcionado para o controle da diarreia, reposição de líquidos e instituição de nutrição parenteral total (NPT). Inúmeras propostas cirúrgicas já foram desenvolvidas para tratar os pacientes cronicamente dependentes de NPT e que desenvolvem complicações decorrentes, como falência vascular, infecção, trombose e doença hepática colestática, sendo a complicação mais comum a infecção de cateter venoso. O transplante de intestino é um tratamento promissor e a única possibilidade de cura para pacientes com Falência Intestinal (FI), reestabelecendo a capacidade nutricional por via oral desses doentes. A rejeição do enxerto é o maior obstáculo no transplante de órgãos, enquanto a sepse figura como principal causa de mortalidade desses pacientes. Os maiores entraves do transplante intestinal estão na alta taxa de mortalidade em fila de transplante, a falta de doadores e o difícil balanço entre a imunossupressão e as complicações relativas a ela (a exemplo de infecções bacterianas e virais). O transplante intestinal ainda configura um procedimento desafiador no Brasil. Atualmente, o maior centro transplantador é o Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo. O Ceará, embora disponha serviços referência nacional em transplante, a exemplo do Transplante Hepático, Renal e Cardíaco, ainda não dispõe de serviço de transplante de intestinos. O trabalho visou desenvolver um protocolo de cuidados aos pacientes adultos com FI, promover suporte multidisciplinar na reabilitação e pré-operatório, além de reabilitá-los em pós-operatório. O presente estudo consiste em uma pesquisa metodológica, tendo sido construído um protocolo clínico de tratamento desenvolvido em 2 etapas. Foram visitados serviços de saúde que atendem à demanda de pacientes portadores de Insuficiência Intestinal (II). O serviço do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), embora altamente especializado em patologias infantis diversas, ainda não acompanha seus pacientes em caráter domiciliar por falta de programa de financiamento. Os pacientes que necessitam de NPT precisam ser hospitalizados ou comparecer ao hospital por um período do dia para receber a complementação. O serviço do HC dispõe de equipe multidisciplinar que acompanha os pacientes internados e ambulatorialmente, sendo possível a realização de NPT domiciliar. O serviço também dispõe de equipe habilitada para realização de Transplante Intestinal. O número de centros que acompanham pacientes com FI é restrito, sendo a maior dificuldade políticas para financiamento e fornecimento de NPT domiciliar. Pacientes com SIC com indicação de acompanhamento ambulatorial acabam sendo hospitalizados para realização de NPT e expostos a várias morbidades nosocomiais. Faz-se necessário um serviço de acompanhamento a esses pacientes no Nordeste para que se possa desafogar os centros do Sul e Sudeste, e melhorar a qualidade de vida desses doentes. O Protocolo de cuidados aos pacientes com II irá possibilitar o cuidado dos pacientes com SIC no Norte/Nordeste, tendo sido aprovado e validado por juízes especialistas. Descritores: Transplante; Intestino Delgado/Transplante; Insuficiência Intestinal; Nutrição Parenteral Total |