A ética revolucionária: utopia e desgraça em Terra em Transe (1967)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Castelo, Sander Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=61525
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Os cinemanovistas produziram narrativas audiovisuais sobre a teoria e a ação revolucionária, em concomitância com as narrativas escritas no seio da militância e da intelectualidade, consagrando-se, assim, como alguns dos principais formuladores da ideologia da revolução brasileira. Com base nessa premissa, analisa-se como o filme Terra em transe (1967) problematiza o ideário revolucionário hegemônico em três contextos distintos, separados pelo golpe civil-militar de 1964 e o Al-5: o primeiro marcado pela defesa de uma "revolução democrático-burguesa de conteúdo antifeudal e anti-imperialista", levada a efeito pela aliança entre burguesia nacional, PCB, operários e camponeses contra os latifundiários e as multinacionais, inspirada nos postulados da III Internacional (1919), difundidos no Brasil pelo PCB; o segundo celebrado pela relativa superação do etapismo revolucionário e a ação armada de grupos guerrilheiros influenciados pelo foquismo cubano e o maoismo, e cujos princípios remontam às recomendações da IV Internacional (1938) acerca do caráter desigual e combinado do capitalismo e da "revolução permanente"; o terceiro fundado na modernização conservadora engendrada pelos militares, sob as diretrizes da doutrina de segurança nacional, com ressonâncias sebastianistas e contrarreformistas. Outrossim, crê-se que, transpondo os fundamentos e estratégias revolucionárias no contexto brasileiro, a película de Glauber Rocha enseja a problematização da própria mentalidade revolucionária, entendida por Leszek Kolakowski como a crença na redenção integral do homem, mediante a negação absoluta do mundo existente, no fim do qual se subordinariam todos os outros valores, transmutados, por conseguinte, em meios.&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Cinema Novo. Revolução brasileira. Ética revolucionária.</span></div>