Perfil sociodemográfico e reprodutivo de adolescentes puérperas: contribuição para o planejamento familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Araújo, Gilda Maria Leite de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71075
Resumo: As adolescentes que engravidam de forma não planejada estão propensas à gravidez reincidente, por persistirem os mesmos fatores indutores da primeira gestação. O estudo tem como objetivo geral caracterizar o perfil sociodemográfico e reprodutivo das adolescentes assistidas no puerpério em um hospital público de Fortaleza, referência em ginecologia e obstetrícia no Ceará, onde nasceram vivas 5.344 crianças no ano de 2011, sendo que 1.240 (23,2%) eram filhos de mães de 10 a 19 anos. Fez-se estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com 310 mães de 14 a 19 anos que buscaram assistência obstétrica nesse serviço no período de maio a agosto de 2011. As mães responderam a questionário semiestruturado, e simultaneamente à coleta de dados houve abordagem educativa, com material ilustrativo e explicativo sobre métodos contraceptivos (cartilha do Ministério da Saúde), dando-lhes acesso às informações necessárias à prevenção da reincidência da gravidez. Foram calculadas as médias e o desvio padrão das variáveis quantitativas e fixado o nível de significância de 5%. Os resultados evidenciaram que 55,16% das adolescentes entrevistadas moravam em Fortaleza e a escolaridade predominante (53,23%) foi o ensino fundamental II. 44,52% tiveram a menarca em média aos 12,44 (±1,4) anos e iniciaram a vida sexual em média aos 14,5 (±1,6) anos de idade. 55,16% não haviam feito uso de nenhum método contraceptivo e 78,71% estavam na sua primeira gravidez. 97,42% tiveram assistência pré-natal, 62,91% iniciaram o atendimento no primeiro trimestre da gravidez e 55,3% compareceram a seis ou mais consultas. A taxa de parto cesariano foi de 47,42%, com 71,94% das gestações a termo. 9,68% dos recém-nascidos apresentaram baixo peso ao nascer, e 6,13% tiveram Apgar menor que sete scores no quinto minuto. Das complicações na gravidez, a infecção urinária foi predominante em 39,07%, seguida da prematuridade (31,18%) e da pré-eclâmpsia em 14,24%. A amostra permite inferir haver muitas adolescentes expostas anualmente à gravidez não planejada. As causas são várias e demandam um grande rol de soluções. Encontrá-las é responsabilidade de toda a sociedade, incluindo gestores públicos, famílias, educadores e trabalhadores da saúde. Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Puérperas. Inovação tecnológica. Prevenção.