POPULAÇÃO E FAMÍLIA MESTIÇA NAS FREGUESIAS DE ARACATI E RUSSAS-CEARÁ, 1720/1820

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Chaves, Elisgardênia de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86686
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O estudo analisa como pessoas de &#8213;qualidades&#8214; (brancos, índios, pretos, crioulos, mestiços, mulatos, pardos, cabras e mamelucos) e de condições jurídicas (livre, liberto e escravo) variadas formaram famílias mestiças, legítimas ou consensuais, nas freguesias de Aracati e Russas, no período de 1720 a 1820. Na capitania do Ceará, além de outras sertanejas, a exemplo do Piauí, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o início do processo de colonização se deu a partir do século XVII, haja vista a implementação das fazendas de criar e o desenvolvimento da agricultura. De modo geral, nesses espaços se desenvolveu uma formação social baseada no trabalho livre e escravo. No período de 1720 a 1820, mais precisamente nas freguesias de Aracati e Russas, partes integrantes da ribeira do Jaguaribe no Ceará, o estudo sobre os registros paroquiais possibilitou perceber como essa realidade social foi construída e/ou reconstruída por diferentes agentes que viviam e frequentavam esses espaços sertanejos de fronteiras tênues e que marcavam múltiplas relações e conformações biológicas e culturais. A par das nupcialidades e natalidades entre os elementos sociais de naturalidades, qualidades e condições sociais múltiplas no que diz respeito à formação populacional e familiar, pude compreender que através da mobilidade geográfica, ao emaranhar-se pelos percursos dos rios, as pessoas foram se entrecruzando, se miscigenando biológica e culturalmente, formando proles e redes de sociabilidades expressas nas diferentes formas de constituírem família: legítimas (uniões sacramentadas pelo casamento cristão), endogâmicas (cônjuges escravos, independentemente de pertencerem ao mesmo senhor), exogâmicas (um cônjuge escravo e o outro forro ou livre) e mistas (compostas por casais de qualidades distintas: brancos, negros, mulatos, pardos, etc.). Em razão disso, o estudo pauta-se em dinâmicas de mestiçagens biológicas e culturais envolvendo europeus, africanos, nativos e nascidos na colônia.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: formação sociofamiliar, dinâmicas de mestiçagens, condição social, freguesias de Aracati e Russas-CE.</span></font></div>