Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Ana Karênina Sá |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83607
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Resumo: |
<div style="">Os estudos científicos e o uso de plantas medicinais e seus metabólitos pelas indústrias farmacêuticas vêm crescendo nos últimos anos devido aos indícios empíricos da medicina popular. Dentre as plantas medicinais tem-se o Ocimum basilicum, popularmente conhecido como manjericão, a qual apresenta atividade antioxidante, antibacteriana, antitumoral e antiespasmódica em íleo de rata, porém ainda não há estudos deste óleo sobre a musculatura lisa do útero. O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino composto por três camadas de tecidos: endométrio, miométrio e perimétrio e está localizado na cavidade pélvica. Diversas patologias estão associadas no funcionamento normal do mecanismo contrátil do miométrio como a dismenorreia, endometriose e as contrações em gestantes que levam ao parto prematuro. Dentro deste contexto, não há pesquisas que visem analisar as respostas dos parâmetros da contração/relaxamento da musculatura lisa do útero sob ação do óleo essencial de Ocimum basilicum (OEOb) e seu constituinte majoritário, o linalol. O objetivo desta pesquisa foi analisar a ação do OEOb e de seu componente majoritário, o linalol, sobre a contração da musculatura lisa de útero isolado de rata. A amostra foi composta por ratas adultas, Wistar, com massa corporal entre 180-260 g. O procedimento metodológico iniciou-se com a eutanásia do animal por CO2 e posterior dissecação dos cornos uterinos. Em cada corno uterino foi realizado uma incisão longitudinal e posteriormente foram posicionadas nas hastes do setup de Banho de órgãos. Este equipamento foi ajustado a uma tensão de 1 g/força no período de 1 h 30 min. A análise estatística foi realizada pelo software SigmaPlot (11.0) com o teste de ANOVA de uma via adotando a significância de 0,05. A caracterização da musculatura lisa do útero mostrou o relaxamento espontâneo nos acoplamentos e a diminuição do tônus. No acoplamento eletromecânico (pela indução da contração por potássio 60 mM), o OEOb (600-1000 µg/mL; CE50= 363,05 ± 17,07 µg/mL) e o linalol (100-600 µg/mL; CE50= 111,6 ± 33,51 µg/mL) apresentaram efeito miorrelaxante no útero (p<0,001). No acoplamento farmacomecânico onde a contração da musculatura lisa foi induzida por ocitocina (10-2 UI/mL), o OEOb e o linalol promoveram o relaxamento nas seguintes concentrações: 300-1000 µg/mL do OEOb (CE50 = 309,88 ± 105,93 µg/mL) e 100- 600 µg/mL do linalol (CE50 = 40,27 ± 5,8 µg/mL), (p<0,001). Porém, o linalol apresenta efeito contrátil na musculatura lisa de útero gerando uma contração na concentração de 1000 µg/mL nos acoplamentos e nos protocolos do tônus, assim como nos experimentos do tônus na presença de nifedipina e vermelho de rutênio (p<0,001), contudo esse efeito não ocorre na ausência do cálcio extracelular. Os resultados desse trabalho demonstraram que o OEOb e o linalol apresentam miorrelaxamento em útero isolado de ratas. O linalol possui efeito contrátil nos dois acoplamentos e no tônus, tanto o OEOb quanto o linalol, apresentam efeito contrátil. Contudo, esse efeito contrátil do linalol tem a participação do cálcio extracelular e canais do tipo VOOC e TRP. Palavras-chave: Musculatura lisa de útero. Efeito relaxante. Efeito contrátil. OEOb. Linalol.</div> |