Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Vicente de Paulo Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37395
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado tem como objetivo estudar e revelar o cotidiano das feiras-livres, assim como, responder a pergunta: Qual a importância das feiras-livres para a cidade de Fortaleza? Essa pesquisa possui um diferencial com relação a utilização de duas linguagens para compor o texto propriamente dito, além da linguagem escrita (verbal) utilizamos a imagem (fotográfica) no intuito de valorar a documentação da realidade da feira-livre. No intuito de revelar o interior da feira-livre, primeiramente lançamos mão de um breve levantamento histórico sobre o processo de modernização imposto a cidade de Fortaleza a começar pela data de sua passagem a condição de vila até os dias de hoje, e na medida do possível relacionar esse processo com a evolução das feiras-livres no mesmo recorte histórico. Descrevemos também o interior da feiralivre, revelando sua polissemia, isto é, sua multiplicidade de gestos, de cheiros, de sons e de cores, assim como também sua diversidade de tipos sociais e de mercadorias, enfim sua ambigüidade atual com relação a abrigar em seu interior, tanto o prosaico como o moderno. Procuramos nas conversas informais com os feirantes desvendar um pouco do cotidiano feirante, pinçar das obrigações rotineiras o extraordinário, o momento certo, para então descortinar suas táticas de sobrevivências em detrimento das estratégias impostas a eles pelo sistema capitalista. Atentamos para o fato da mercadoria, objeto central no existir da feiralivre, ela está cada vez mais presente no interior da feira não mais como produto de subsistência das classes menos favorecidas, mas está cada vez mais vestida de sentido como objeto de desejo de um consumo massificado, hoje plenamente instalado dentro da feira-livre, visando alcançar todas as camadas sociais, elevando uma ode a sociedade do espetáculo. E por fim relacionamos a feiralivre ao termo da informalidade, com relação direta ao trabalho informal, na medida em que ela é atualmente uma das formas de comercializações urbanas que absorvem um grande contingente de desempregados oriundos do emprego formal. Revelamos também a grande diversidade de trabalhos encontrados dentro do espaço da feira-livre, tanto os diretamente ligados ao funcionamento da feira como os indiretos, que dependem da feira para existirem. |