Potencial biotecnológico de produtos naturais derivados de Combretum lanceolatum e Croton anisodontus na ansiedade e convulsão de Zebrafish adulto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Antonio Wlisses Da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=110018
Resumo: As plantas são fontes importantes de compostos para o desenvolvimento de novos fármacos. O foco são os produtos naturais e seus derivados, com efeitos adversos reduzidos e maior eficácia no tempo de ação. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos ansiolíticos e anticonvulsivante do extrato etanólico das folhas de C. lanceolatum (EtFoCl) e do produto natural 2-hidroxi-3,4,6-trimetoxiacetofenona (HTMCX) isolada das cascas de Croton anisodontus. O EtFoCl foi submetido à quantificação e identificação de fitoquímicos e atividade antioxidante in vitro. Os testes de campo aberto e claro/escuro foram usados para avaliar o comportamento de ansiedade de Zebrafish tratados com EtFoCl e HTMCX, bem como o mecanismo de ação envolvido nesses efeitos, usando antagonistas. O efeito de EtFoCl na ansiedade induzida por abstinência alcoólica e no estresse oxidativo também foi investigado, e o efeito de EtFoCl ou HTMCX na convulsão foi realizado usando o pentilenotetrazol como agente convulsivo. Para estudar as interações dos constituintes de EtFoCl e do HTMCX com seus respetivos alvos biológicos foram realizadas simulações de Docking molecular. Como resultados, o EtFoCl apresentou alto teor de fenóis e flavonoides (Orientina, quercetina-3-o-galactosideo, vitexina, isovitexina, rutina e homoorientina) com ação antioxidante frente ao radical DPPH. As concentrações do EtFoCl (1,0; 5,0 e 10 mg/mL) alteraram a locomoção dos animais, apresentando efeito ansiolítico agudo e crônico (no teste de abstinência alcoólica), reduzindo o estresse oxidativo além de possuírem efeito anticonvulsivante. Esses efeitos foram evitados pelo flumazenil bloqueando o efeito ansiolítico e anticonvulsivo. No estudo in sílico, os fitoquímicos homoorientina e quercetina-3-O-galactosídeo se acoplaram na região próxima à do Diazepam, e a Homoorientina e Isovitexina foram apontadas como as mais favoráveis para a forma complexada com a enzima anidrase carbônica. A acetofenona HTMCX (1, 3 e 10 mg/kg; v.o.) também reduziu a locomoção dos animais e não foi tóxica. As doses mais altas (3 e 10 mg/kg; v.o.) produziram sinais de ação ansiolítica no teste claro/escuro, e este efeito foi revertido pelo pizotifeno (antagonista 5HTR1 e 5HTR2A/2C), tendo potencial para formar um complexo com 5H-TR1B na neurotansmissão serotoninérgica. Contudo, o EtFoCl e HTMCX são produtos relevantes para o desenvolvimento de novos tratamentos com menos efeitos adversos para ansiedade e/ou convulsão.