Exportação concluída — 

Desenvolvimento e validação de uma tecnologia educativa para prevenção da hanseníase em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Feitosa, Mariana Campos da Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88687
Resumo: A hanseníase se destaca atualmente, por se constituir um dos sérios problemas de saúde pública do Brasil. Trata-se de uma doença infecciosa crônica que acomete preferencialmente pele e nervos periféricos, com um grande potencial para desenvolver incapacidades físicas e por ser uma doença estigmatizante, a hanseníase pode acarretar transtornos psicológicos, com maior vulnerabilidade para os adolescentes, por estarem na fase de construção da identidade para a vida adulta. Contudo, são poucas as estratégias de prevenção ao problema e que tenham tido bons resultados para disseminar conhecimentos sobre sinais, sintomas, forma de transmissão, tratamento, prevenção e para diminuir preconceitos. Assim é necessária a elaboração e validação de tecnologias para disseminar conhecimentos sobre hanseníase. O objetivo desse estudo foi elaborar e validar um jogo educativo direcionado a adolescentes, como forma de promover a prevenção e redução do estigma aos portadores da doença. A pesquisa desenvolveu-se em etapas. A primeira etapa correspondeu à definição dos objetivos que a tecnologia deveria atingir o levantamento do conteúdo, por meio das Bases de Dados e Manuais do Ministério da Saúde, a elaboração do produto, a seleção dos sete juízes de acordo com os critérios previamente estabelecidos, a avaliação do jogo por 17 adolescentes, a avaliação das sugestões fornecidas pelos juízes e adolescentes e a incorporação das sugestões acatadas ao produto. Após a avaliação dos juízes e adolescentes, foi calculado o Índice de Validade de Conteúdo, que atingiu um bom nível de concordância, com valor geral (0,86), embora tenha atingido um bom nível de concordância, foram realizadas as modificações sugeridas pelos juízes e adolescentes para a melhoria da tecnologia educativa, tais como a linguagem das cartas, inclusão de duas gravuras no tabuleiro, que resultou em um total de 13 gravuras e mudança na cor da caixa do jogo. Na avaliação dos juízes e adolescentes, o jogo revelou-se adequado, indicando-se que poderia contribuir para a promoção da educação em saúde, de forma interativa e lúdica. A etapa 2, consistiu na aplicação do jogo a 43 alunos do 9º ano de uma escola pública do município de Maracanaú. Aplicou-se questionário antes e após a utilização do jogo, que abordou dados relativos à doença. Notou-se que houve mudanças significativas de conhecimento quanto, a saber, que o termo técnico é hanseníase e não lepra, que as deformidades físicas da doença podem ser evitadas se houver tratamento precoce, que a vacina BCG protege contra as formas graves de tuberculose e hanseníase, que o posto de saúde é o local de referência para o tratamento ao invés do hospital, que a mulher grávida pode tratar-se e pode-se amamentar o bebê durante o tratamento da doença. Os escores no questionário antes e após a aplicação da tecnologia em comparação por teste de Wilcoxon pareado indicaram aumento de conhecimento quanto à forma de tratamento, prevenção e pontuação total no teste. São importantes aprimoramentos no jogo e na forma de aplicação (por exemplo, jogando-se mais de uma vez e em mais de uma ocasião) a fim de aumentar conhecimentos sobre a transmissão da doença (especialmente que a transmissão é por gotículas eliminadas pela respiração do portador, da forma multibacilar da doença e de que não se contrai por aperto de mão, abraço e toque nas manchas) e redução do preconceito. Sugere-se que estudos futuros avaliem outras formas de aplicação da tecnologia, como aumentando a quantidade de vezes que se joga e adicionando outros recursos. Palavras-chave: Hanseníase. Doenças infectocontagiosas. Tecnologias educativas. Saúde na escola.