ATIVIDADE ANTI-HELMÍNTICA DE PLANTAS TANINÍFERAS DO SEMIÁRIDO NORDESTINO SOBRE NEMATÓIDES GASTRINTESTINAIS DE PEQUENOS RUMINANTES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: OLIVEIRA, LORENA MAYANA BESERRA DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=91352
Resumo: O estudo de plantas taniníferas é uma alternativa que vem sendo pesquisada para o controle de <br/>nematóides gastrintestinais de pequenos ruminantes. Portanto, o objetivo desse estudo foi <br/>avaliar in vitro e in vivo a atividade a anti-helmíntica de plantas taniníferas do semiárido <br/>nordestino, como Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (angico), Leucaena leucocephala <br/>(Lam.) de Wit (leucena), Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (jurema preta) e Myracrodruon <br/>urundeuva (Engl.) Fr. Allemão (aroeira), sobre nematóides gastrintestinais de pequenos <br/>ruminantes. Para avaliação in vitro foram preparados extratos acetona:água (70:30) das folhas <br/>e dos caules de cada planta. Os extratos foram analisados quimicamente e submetidos ao teste <br/>de eclosão de ovos e teste de desembainhamento larvar artificial com Haemonchus contortus. <br/>Os testes foram acompanhados de controle com polivinilpolipirrolidona (PVPP) para <br/>confirmar o papel dos taninos. Para avaliação in vivo, 18 ovinos livres de nematóides <br/>gastrintestinais foram divididos em três grupos (n=6). Os animais receberam ad libitum <br/>durante 13 dias consecutivos (Dia -7 ao Dia 5) as seguintes plantas: grupo 1 - folhas de M. <br/>tenuiflora; grupo 2 - caules de M. tenuiflora; grupo 3 (controle) - feno de Cynodon dactylon. <br/>No Dia 0 cada animal foi infectado experimentalmente com 4.500 larvas de terceiro estágio <br/>de H. contortus. No Dia 5 todos os ovinos foram sacrificados para contagem da carga <br/>parasitária e análise histológica do abomaso. Os resultados dos ensaios in vitro e in vivo foram <br/>submetidos a ANOVA e ao teste Kruskal-Wallis (p&lt;0,05). Todos os extratos apresentaram <br/>altos teores de fenóis e taninos. No teste de eclosão de ovos, o extrato das folhas e o extrato <br/>dos caules de M. urundeuva demonstraram efeito dose-dependente, sendo o extrato das folhas <br/>mais eficaz, pois apresentou CE50 (0,52 mg/mL) inferior à CE50 do extrato dos caules (2,44 <br/>mg/mL). No teste de desembainhamento larvar artificial todos os extratos demonstraram <br/>100% de eficácia na concentração de 300 µg/mL. A pré-incubação dos extratos com PVPP <br/>alterou significativamente o percentual de eclosão de ovos e desembainhamento larvar de H. <br/>contortus quando comparado com os extratos não tratados com PVPP (p&lt;0,05), confirmando <br/>o papel dos taninos. O consumo das folhas e dos caules de M. tenuiflora não causou redução <br/>do estabelecimento larvar de H. contortus nos ovinos (p&gt;0,05). A análise histológica indicou <br/>que o número de eosinófilos e linfócitos foi semelhante nos três grupos (p&gt;0,05). Apesar dos <br/>promissores resultados obtidos in vitro, as folhas e os caules de M. tenuiflora não apresentam <br/>efeito sobre o estabelecimento larvar de H. contortus em ovinos. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras-chave: Taninos condensados. Haemonchus contortus. Pequenos ruminantes. <br/>