A face suja da energia limpa: conflitos territoriais a partir da produção da energia eólica em Itarema/CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gino, Guilherme Façanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96075
Resumo: O trabalho tem como objetivo compreender como ocorrem os conflitos ocasionados a partir do processo de territorialização dos parques eólicos, em especial, o projeto que foi instalado na comunidade de Patos, no município de Itarema-CE. Embora seja considerada uma ‘tecnologia limpa”, assim chamada por não causar a emissão de gases de efeito estufa, a expansão dos empreendimentos eólicos, sobretudo na zona costeira cearense, vem ocasionando graves conflitos territoriais, por ignorar outras formas de existência social e modos diferenciados de apropriação, uso e significação do território. Coloca-se aqui a ideia de que tais conflitos territoriais são inevitáveis em uma sociedade de mercado, cuja demanda incessante por matéria e energia entra em confronto com a relação que as sociedades tradicionais estabelecem com territórios tradicionais. Ou seja, mesmo com a inovação tecnológica e o avanço de fontes energéticas consideradas verdes, os processos disparadores de conflitos e causadores de injustiça ambiental permanecem, por persistirem dentro da lógica capitalista de produção. A escolha do objeto de estudo se justifica pela necessidade de se problematizar a implantação dos empreendimentos eólicos, tendo em vista que esse novo campo de acumulação capitalista vem sendo blindado a críticas, o que oculta suas limitações e os casos de injustiças ligados à sua expansão. Portando, visando analisar e colocar em evidência essa dinâmica complexa dos conflitos territoriais, o presente trabalho tem como base principal estudiosos da Rede Brasileira de Justiça Ambiental que trabalham a partir da articulação entre processos estruturais globais e seus rebatimentos nos territórios locais, auxiliando, assim, a compreensão do conflito em sua totalidade. Palavras-chave: Parques Eólicos. Injustiça Ambiental. Conflitos Territoriais.