Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Pedro Carlos Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=86023
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Resumo: |
É consenso que o sistema carcerário brasileiro apresenta uma triste e cruel realidade marcada pela violência, a tortura, a lotação, as condições insalubres e o império do crime organizado, evidenciando o abandono e o descaso do Estado. Segundo o Ministério da Justiça, a população de prisional brasileira é da ordem de 600 (seiscentos) mil presos, com uma taxa de ocupação de cerca de 167% (cento e sessenta e sete por cento) e que cresce cerca de 7% (sete por cento) ao ano. Nesse cenário degradante, não fica difícil inferir que o processo de recuperação e reintegração social do preso, como pretende a Lei de Execução Penal LEP, fica absolutamente inviabilizado. Na verdade, o sistema penal brasileiro, falido e corrompido por grupos criminosos, gera efeitos contrários àqueles pretendidos pela LEP, ou seja, em vez de recuperar, o sistema agrava, incentiva e propicia o incremento da criminalidade. Sensível a essa ausência do Estado, o Poder Judiciário do Ceará, através das Varas de Execuções Penais de Fortaleza, passou a desenvolver, em parceria com instituições públicas e privadas, políticas públicas visando à reinserção social dos apenados, através do programa denominado Um Novo Tempo, focado na oferta de trabalho e educação e inspirado na idéia de que o juiz é um agente transformador social, na afirmação dos próprios magistrados idealizadores do programa. Pelo presente estudo, buscou-se investigar a efetividade e a amplitude do programa desenvolvido pelas Varas de Execuções Penais de Fortaleza, valendo-se, para tanto, de pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo de caso. Verificou-se que, apesar de carecer de algumas melhorias nos processos de trabalho e de um sistema de informações automatizado, que forneça relatórios e indicadores gerenciais, que viabilizem uma avaliação mais precisa dos seus resultados, em especial, o índice de reincidência, o programa estudado mostrou-se estruturado, em termos de planejamento e gestão, gerando resultados efetivos e adequados, em relação aos seus propósitos. Ao final, foram apontadas propostas de melhorias que podem contribuir para o aperfeiçoamento do programa Um Novo Tempo, na visão do pesquisador. Palavras-chave: Reinserção. Judiciário. Programa. |