CIRCULAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS INFLUENZA A H1N1 PANDÊMICO NO CEARÁ – 2009 A 2013.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: PERDIGÃO, ANNE CAROLINNE BEZERRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82395
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Os vírus Influenza A são importantes patógenos humanos responsáveis por epidemias sazonais e ocasionais pandemias que levam a taxas substanciais de morbidade e mortalidade e a um considerável impacto financeiro a cada ano. A gripe, como é popularmente conhecida a infecção aguda causada pelos vírus Influenza caracteriza-se por ser uma doença aguda e febril, que causa desde infecções assintomáticas até doenças respiratórias graves, podendo levar ao óbito. Há relatos de epidemias por influenza ocorridas na Europa em 1414, 1557, 1675-1676, 1788-1790 e em 1830-1832. No século XX, quatro pandemias acometeram o mundo em 1918, 1957, 1968 e 1977. No século XXI, em abril de 2009, um novo vírus da gripe, o H1N1 derivado de cepas humanas, suínas e aviárias, foi detectado pela primeira vez nos Estados Unidos e posteriormente espalhou-se pelo mundo Apesar da disponibilidade anual de vacina, a cada ano o vírus influenza infecta de 5 a 15% da população mundial e é responsável por 250 a 500.000 óbitos. Até o momento pouco se conhece dos vírus influenza A H1N1 pandêmico (FluA(H1N1)09pdm) que circulam no Ceará. O presente trabalho teve como objetivo detectar e caracterizar os vírus FluA(H1N1)09pdm de pacientes atendidos na rede de vigilância de influenza do estado do Ceará, avaliando também um grupo da população de risco no período pós pandêmico, formado por gestantes. No Ceará, durante a fase pandêmica, 615 casos foram notificados e 143 (23,2%) foram positivos para a cepa pandêmica. Na fase pós pandêmica, 2011-2014, tivemos 1291 casos suspeitos de influenza e 262 foram positivos para o vírus influenza A, com predominância da cepa pandêmica durante os anos de 2011 e 2012 e da cepa H3N2 durante os anos de 2013 e 2014. As gestantes, principalmente durante o terceiro trimestre de gestação, apresentam mais eventos adversos durante as epidemias de influenza. Acredita-se que a transmissão vertical parece ser rara, no entanto, no nosso estudo detectamos dois casos que sugerem a transferência placentária do vírus FluA(H1N1)09pdm, uma vez que a coleta desses recém-nascidos foi realizada imediatamente após o parto. Durante a fase pós-pandêmica, nos anos de 2012 e 2013, foram detectados quatro óbitos com suspeita clínica de influenza e que apresentavam sinais e sintomas semelhantes a dengue. Foi realizado um estudo investigativo desses pacientes que foram a óbito e foi constatado que as amostras coletadas após a necropsia</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">foram positivas para influenza e dengue, tratando-se de casos de co-infecção desses dois vírus, o que é aceitável visto que o Ceará é uma área endêmica do vírus dengue. A infecção pelos dois vírus pareceu agravar a doença e favorecer ao desfecho fatal. Dos casos positivos para FluA(H1N1)09pdm foram selecionadas amostras dos anos de 2009-2013 para análise molecular do vírus. A análise molecular das sequências do gene da HA revelou que pelo menos quatro grupos genéticos circularam no Ceará de 2009 a 2013. As amostras do período pandêmico (2009-2010) foram classificadas como pertencentes ao grupo G7-pdm. Das cepas analisadas nos anos de 2011, 2012 e 2013, a grande maioria (57,2%) foi G5, seguido pela G6B (35,7%) e G6C (7,1%). Em 2011 e 2012, apenas o grupo filogenético G5 foi detectado entre as amostras analisadas. Em 2013, co-circularam os grupos filogenéticos G6B e G6C. Cinco anos após a pandemia, o vírus influenza A (H1N1)09pdm continua circulando na população brasileira e os grupos filogenéticos, definidos pelas mudanças de aminoácidos específicos, difundiram- se no Brasil 2009-2013. Em nossos resultados, de acordo com os resultados das análises antigênicas em todo o mundo, nenhum destes grupos filogenéticos pareceu mostrar diferenças antigênicas significativas com a cepa vacinal A/California/7/2009.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Influenza A(H1N1)09pdm. Gestantes. Co-infecção. Hemaglutinina. Caracterização molecular.</span></font></div>