Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Silva, Francisco Walber Ferreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=42628
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Resumo: |
O 1,8-cineol é um terpeno constituinte de diversos óleos essenciais de plantas utilizadas na medicina popular. Este constituinte apresenta várias ações farmacológicas, como antiinflamatória, antitumoral e gastroprotetora. Entretanto é difícil encontrar estudos que relacionem a ação tanto de óleos essenciais como de seus constituintes sobre preparações do sistema nervoso. Como muito desses óleos e seus constituintes são considerados anestésicos locais, esse trabalho teve como objetivo estudar os efeitos do 1,8-cineol sobre os parâmetros eletrofisiológicos, bem como sobre a excitabilidade nervosa, em preparações intactas de células nervosas do Gânglio Cervical Superior (GCS) de ratos. Para isto, Ratos Wistar foram sacrificados por concussão cerebral e seus GCS dissecados e montados em uma câmara para superfusão com solução Locke e 1,8-Cineol. Foi utilizada a técnica do microeletrodo intracelular e protocolos no modo de clampeamento de corrente para a determinação desses parâmetros sob a ação do 1,8-cineol, sendo os dados continuamente monitorados e registrados em computador. Na concentração de 6 mM, todas as células (n=12) tiveram a inibição do Potencial de Ação (PA) e mostraram alteração nos parâmetros eletrofisiológicos estudados (amplitude do PA, inclinações máximas, duração, resistência de entrada da membrana e potencial de repouso). Os efeitos do 1,8-cineol foram reversíveis em até 45 min após a exposição do tecido ao composto na concentração de 6 mM. Na concentração de 1 mM pode-se distinguir dois blocos de resultados: células com inibição do PA e características semelhantes às células sob exposição de 1,8-cineol na concentração de 6 mM (n=7) e células onde não houve essa inibição (n=8). Contudo, para este último grupo de células, houve uma pequena alteração na amplitude do PA e da inclinação máxima do ramo ascendente do PA sem alteração do potencial de repouso celular. Já para a concentração de 0,1 mM não houve alteração significativa nos parâmetros associados ao PA nem na resistência de entrada da membrana celular e no potencial de repouso (n=14). Houve uma despolarização do potencial transmembrana quando o tecido foi exposto a concentração de 6 mM e fizemos estudos sobre a excitabilidade ao final dessa despolarização. Para isto, injetamos corrente continuamente na célula com o intuito de retornar o potencial transmembrana a seu valor da estabilização e encontramos alterações em alguns parâmetros eletrofisiológicos, assim como, alteração na corrente limiar de geração do PA. Portanto, como conclusão, o 1,8-cineol bloqueou o PA nas concentrações de 6 mM e 1 mM e seus efeitos foram reversíveis. Esse bloqueio pode se dar, possivelmente, pela ação do composto diretamente sobre os canais para sódio ou pelo mecanismo indireto de despolarização da membrana celular, através da ativação do canal para cloreto ativado por cálcio. Além do mais, os dados mostrados também demonstram que o 1,8-cineol bloqueou a excitabilidade neuronal nas células do GCS de ratos. |