Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Ellen Cristine Dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109529
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Resumo: |
A tese, fundamentada no referencial teórico do materialismo histórico-dialético, tomou como referência as práticas educativas do Instituto de Agroecologia Latino Americano (IALA) Amazônico, problematizando a possibilidade de contribuírem com a construção do internacionalismo. A pesquisa, de natureza teórico-bibliográfica e documental, também contou com o recurso metodológico de uma entrevista semiestruturada, cujos dados forneceram importantes pistas sobre as especificidades do IALA Amazônico. Averiguou-se as continuidades e descontinuidades históricas do internacionalismo, enfocando os processos organizativos e revolucionários ocorridos nos séculos XX e XXI, de ativa participação campesina e que representaram, em suma, a dinâmica da luta de classes, consequência direta da consolidação do capitalismo no mundo. Historiar sobre a questão agrária nas Internacionais possibilitou apreender a evolução que culminou na organização da Via Campesina e, mais recentemente, na organização do MST, bem como seus princípios de luta e formas de organização, a fim de examinar os pressupostos educacionais que regem suas práticas educativas. A imersão comprovou a existência de um projeto de educação que emergiu da exigência de formar os sujeitos do campo no próprio campo, mas que ultrapassa os limites da educação escolar sistematizada, institucionalizada, reafirmando uma educação emancipadora para além das fronteiras do IALA, no ritmo de suas lutas e conquistas. Comprovou-se que o MST, em parceria com a Via Campesina, ao desempenhar o papel de formar lideranças e multiplicadores de uma hegemonia camponesa ao mesmo tempo em que luta pela terra e pela reforma agrária, cumpre a tarefa de semear práticas revolucionárias. O internacionalismo do MST se apresenta por meio das relações internacionais que desencadeia desde o seu nascimento, por meio de diferentes vínculos capilares de atuação. Como resultado, concluiu-se, tomando o IALA Amazônico como parâmetro, haver uma dimensão internacionalista do MST, movimento político de massas, multicultural, autônomo, legitimado pelas organizações de base que o compõe, potencializada por suas práticas educativas em parceria com a Via Campesina. Também apontou-se que o IALA Amazônico, ao educar os sujeitos campesinos em contraposição ao modelo hegemônico de educação, através de práticas solidárias e cooperativas, contribui com a edificação da integração na América Latina, entendida neste trabalho como um momento prévio do internacionalismo. |