ACESSO DOS ADOLESCENTES USUÁRIOS DE CRACK AOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOAL INFANTIL E ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: RESSONÂNCIAS DAS DIMENSÕES ECONÔMICA-SOCIAL E SIMBÓLICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ANDRADE, ALINE TELES DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83826
Resumo: <div class="WordSection1"> <p class="Heading1" style="margin-top:11.3pt;margin-right:0cm;margin-bottom:0cm; margin-left:222.55pt;margin-bottom:.0001pt">RESUMO</p> <p class="MsoBodyText"><strong><span style="font-size:13.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt">&nbsp;</span></strong></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-top:.15pt"><strong><span style="font-size:10.5pt;mso-bidi-font-size:12.0pt">&nbsp;</span></strong></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-top:.05pt;margin-right:22.45pt;margin-bottom: 0cm;margin-left:22.05pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height: 150%">Com o advento do crack em nosso país e os constantes apelos da mídia e outros segmentos da sociedade, tornou-se comum falar sobre a existência de supostas epidemias e aumento do consumo entre crianças e adolescentes. Este tipo de divulgação, ao invés de estimular maiores iniciativas de autocuidado na busca por serviços especializados, frequentemente acaba por estimular um sentimento de insegurança generalizada na população. É neste cenário que o Ministério da Saúde passa a priorizar os adolescentes em suas ações de enfrentamento ao crack. Levando-se em consideração que a utilização dos serviços de saúde representa o centro do funcionamento dos sistemas de saúde e que a forma como as pessoas percebem sua disponibilidade afeta na decisão em procurá-los ou não, esta pesquisa se propõe analisar o acesso dos adolescentes usuários de crack aos serviços CAPS-ad e CAPS-i em Fortaleza-CE, a fim de identificar dificuldades de acesso deste público aos serviços especializados em duas regionais de saúde do referido município, a Regional IV e a VI. Entrevistaram-se trinta e sete sujeitos, os quais foram classificados em três grupos: coordenador (03), profissional (09) e adolescente (25). <span style="letter-spacing:-.15pt">Tomaram-se </span>como ponto de partida os Centros de Atenção Psicossocial, os quais indicaram os demais entrevistados, segundo a técnica da bola de neve. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada, somada ao registro no diário de campo, durante os meses de setembro 2014 a agosto de 2015. A análise do material empírico realizou-se à luz da hermenêutica dialética, a partir de categorias estabelecidas segundo a literatura, numa perspectiva crítica do confronto das significações, das contextualizações e das interlocuções. Respeitaram-se os preceitos ético-legais, conforme Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, recebendo parecer favorável do comité de ética, n° 1.075.151. Construíram-se duas categorias empíricas para a compreensão do objeto a ser estudado, quais sejam, Precarização das condições de trabalho: uma análise acerca da dimensão econômica do acesso e O modelo proibicionista e seus desdobramentos no aspecto simbólico do acesso. Os resultados revelam que o baixo investimento financeiro na implementação do que está previsto na lei impede que os adolescentes acessem os dispositivos de cuidado, uma vez que estes possuem uma demanda diferenciada, exigindo que os profissionais extrapolem suas intervenções para além dos muros dos serviços, o que não tem sido feito por conta<span style="letter-spacing:1.7pt"> </span>da limitação de recursos. O modelo proibicionista revelou-se um importante gerador de barreiras ao acesso para este público, por seu caráter excludente, criminalizador e produtor de violência e estigma, este último atingindo inclusive os profissionais dos serviços especializados. Assim constatou-se<span style="letter-spacing:.5pt"> </span>que<span style="letter-spacing:.5pt"> </span>os<span style="letter-spacing:.7pt"> </span>adolescentes<span style="letter-spacing: .5pt"> </span>pouco<span style="letter-spacing:.65pt"> </span>acessam<span style="letter-spacing:.4pt"> </span>os<span style="letter-spacing:.55pt"> </span>CAPS<span style="letter-spacing:.6pt"> </span>e<span style="letter-spacing:.5pt"> </span>quando<span style="letter-spacing:.55pt"> </span>o<span style="letter-spacing:.5pt"> </span>fazem<span style="letter-spacing:.4pt"> </span>não<span style="letter-spacing:.9pt"> </span>aderem<span style="letter-spacing:.4pt"> </span>aos</p> </div> <span style="font-size:11.0pt;line-height:150%;font-family:&quot;Times New Roman&quot;,&quot;serif&quot;; mso-fareast-font-family:&quot;Times New Roman&quot;;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:PT-BR"><br clear="all" style="page-break-before:always; mso-break-type:section-break"/> </span> <p class="MsoBodyText" style="margin-top:.15pt"><span style="font-size:11.5pt; mso-bidi-font-size:12.0pt">&nbsp;</span></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-top:4.5pt;margin-right:22.55pt;margin-bottom: 0cm;margin-left:22.05pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height: 150%">mesmos. Desta forma, faz-se necessário investir na implantação e fortalecimentos de novos pontos de atenção previstos na configuração oficial da rede, como os consultórios na rua, unidade de acolhimento e CAPS-III, bem como um esforço no sentido de afinar as estratégias do Ministério da Justiça com as do Ministério da Saúde, a fim de fortalecer a execução das políticas públicas e estimular o acesso dos adolescentes usuários de crack à rede de cuidados disponível, além de fortalecer o combate ao estigma.</p> <p class="MsoBodyText" style="margin-top:.5pt"><span style="font-size:17.5pt; mso-bidi-font-size:12.0pt">&nbsp;</span></p> <b><span style="font-size:11.0pt; font-family:&quot;Times New Roman&quot;,&quot;serif&quot;;mso-fareast-font-family:&quot;Times New Roman&quot;; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:PT-BR">Palavras-chave</span></b><span style="font-size:11.0pt;font-family:&quot;Times New Roman&quot;,&quot;serif&quot;;mso-fareast-font-family: &quot;Times New Roman&quot;;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:PT-BR">: Acesso. Adolescentes. Crack. Precarização das condições de trabalho. </span><span lang="EN-US" style="font-size:11.0pt; font-family:&quot;Times New Roman&quot;,&quot;serif&quot;;mso-fareast-font-family:&quot;Times New Roman&quot;; mso-ansi-language:EN-US;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:PT-BR">Estigma</span>