Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Um dos maiores entraves da ovinocaprinocultura no Nordeste do Brasil é o parasitismo por</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">nematoides gastrintestinais (NGI). A ocorrência da resistência anti-helmíntica em rebanhos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">dessa região, tem favorecido investigações sobre o uso de métodos alternativos, tais como o</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">tratamento alvo-seletivo e o uso de plantas medicinais, no controle de NGI de pequenos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ruminantes. Assim, objetivou-se avaliar o efeito de bioativos vegetais nas formulações livre e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">nanoencapsulada sobre NGI de ovinos. Na etapa 1, selecionou-se Spigelia anthelmia por ter</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">apresentado os melhores resultados para extratos vegetais investigados pelo Laboratório de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Doenças Parasitárias da Universidade Estadual do Ceará. O decocto de S. anthelmia (DecSa)</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">foi inicialmente submetido a avaliações fitoquímicas e, posteriormente, utilizado no teste de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">eclosão de ovos (TEO), no teste de desenvolvimento de larvas (TDL), teste de motilidade em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">adultos (TMA) e na avaliação de alterações cuticulares ultra-estruturais de Haemonchus</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">contortus por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram realizados testes de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">toxicidade aguda em camundongos e de redução da contagem de ovos nas fezes (RCOF) em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ovinos. O rastreio fitoquímico detectou altas concentrações de taninos condensados,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">flavonóides, flavonas, saponinas, alcalóides e xantonas. Os valores de CE50 ± 95% de intervalo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de confiança de DecSa no TEO e TDL foram 1,4 (1,2-1,6) e 1,2 (1-1,3) mg/mL,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">respectivamente. O tratamento com 1,6 mg/mL DecSa produziu 100% de inibição da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">motilidade de adultos após 12 h de exposição. A MEV revelou alterações ultraestruturais na</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">região cefálica e na cutícula de fêmeas de H. contortus. No teste de toxicidade aguda, não houve</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mortalidade em camundongos na dose de 2.000 mg/kg. O DecSa na concentração de 350</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mg/mL reduziu o opg dos ovinos em 47% após 14 dias de tratamento. Na etapa 2, o óleo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">essencial de Eucalyptus staigeriana foi nanoformulado com quitosana com vistas a otimizar</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">seus efeitos sobre NGI de pequenos ruminantes. A caracterização físico-química da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">nanoemulsão de E. staigeriana (NanoEs) foi realizada. Posteriormente, realizou-se testes in</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">vitro para avaliar as atividades ovicidas e larvicidas de NanoEs sobre H. contortus e testes</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">toxicologicos em roedores. NanoEs inibiu a eclosão de larvas e o desenvolvimento das larvas</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">em 99% e 96,3% nas concentrações de 1 e 8 mg/mL, respectivamente. O teste de toxicidade</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">aguda revelou que a dose de NanoEs necessária para matar 50% dos camundongos (DL50) foi</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de 1.603,9 mg/mL. Na etapa 3, a avaliação in vivo do NanoEs foi realizada em uma fazenda</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">comercial, onde 162 ovinos machos e fêmeas, divididos em três grupos (n = 54 cada), foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">tratados durante seis meses a cada 17 dias quando o escore FAMACHA foi 3, 4 ou 5: G- 250</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mg/kg de NanoEs; 7,5 mg/kg de levamisol (G-Lev) (controle positivo) e G-Neg não foi tratado</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">10</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(controle negativo). Realizou-se a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e a identificação</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">dos gêneros de nematoides mais prevalentes no rebanho. O ganho de peso dos ovinos foi</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">monitorado. Não houve diferença significativa entre o número de animais tratados e de OPG</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">nos grupos tratados com NanoEs e levamisol em nenhuma visita (P>0,05). Haemonchus spp.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">foi o nematoide mais prevalente em todos os grupos avaliados. Não houve ganho de peso</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">singnificativo em nenhum dos grupos tratados (P>0,05). Assim, após a execução das três etapas,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">conclui-se que os bioativos testados apresentaram eficácia promissora no controle de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">nematoides gastrintestinais. Entretanto, novas formulações e testes em condições a campo no</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">período chuvoso são necessários para validar e otimizar o efeito anti-helmíntico desses</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">produtos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Pequenos ruminantes. Nematoides gastrintestinais. Fitoterapia. Eucalyptus</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">staigeriana. Spigelia anthelmia.</span></font></div> |
---|