Influência do peso e do volume placentários no peso e na viabilidade de neonatos caninos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Farias, Sarah Fernanda Salgado Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109064
Resumo: A placenta é o principal órgão da gestação e está diretamente relacionada com o desenvolvimento adequado do concepto. A correlação entre algumas medidas placentárias e os seus respectivos neonatos é amplamente estudada na espécie humana, mas em cadelas esses dados ainda são escassos. Portanto, objetivou-se avaliar se na espécie canina há relação entre o peso e o volume placentários e o peso dos neonatos ao nascimento, bem como a sua influência na viabilidade dos mesmos. Para isso, foram utilizadas 7 cadelas, de pequeno e médio porte, das quais foram avaliados 18 neonatos nascidos por cesarena e suas placentas. O peso das placentas foi medido em uma balança analítica de precisão e o volume foi calculado medindo o volume de água deslocado após colocá-lo em um recipiente de água, sendo uma avaliação nova nesta espécie. Os neonatos foram pesados e classificados quanto ao escore Apgar após o parto. Amostras de cada placenta foram fixadas em formalina e embebidos em parafina, posterioremnte colocadas sobre lâminas e coradas em hematoxilina & eosina. Dessas amostras foi calculada a densidade microvascular (DMV), bem como foi avaliada a presença ou ausência de necrose, calcificação e hemorragia, classificadas em escores de 0 a 2. Os dados foram analisados por meio do teste de Pearson. O peso médio das placentas foi de 33±11,73 g e o volume de 23,25±11,12 cm³. O peso médio dos neonatos foi de 282,94±123,28 g e o escore Apgar foi 8,83±2,06. A DMV média das placentas foi 0,04±0,01. Observou-se uma correlação positiva entre o peso ao nascer e o peso e o volume placentários, e com o escore Apgar. Não houve correlação do escore Apgar com o peso e o volume da placenta. Também não foi encontrada correlação significativa da DMV como peso e o volume placentários e com o peso e o escore Apgar dos neonatos. Das alterações microscópicas, apenas a necrose apresentou correlação moderada com o peso e o volume placentários. Conclui-se que a placenta tem influência sobre o peso dos neonatos, sendo imprescindível para o desenvolvimento do mesmo na vida intra e extra-uterina, mas são necessários mais estudos na espécie descrita, para elucidar melhor esse papel.