Determinação de bisfenol em caranguejo: Um potencial bioindicador de contaminação ambiental em regiões costeiras do semiárido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: JÚNIOR, GLADSTON ROBERTO CARNEIRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=118288
Resumo: Os estuários são regiões altamente produtivas e essenciais para a subsistência das populações ribeirinhas, que dependem deles para grande parte de seu sustento. No entanto, essas áreas têm sido severamente impactadas por atividades humanas, como o lançamento de efluentes domésticos e industriais, o que tem prejudicado suas condições ambientais. O Brasil, com uma das maiores e mais complexas redes hidrográficas do mundo, abriga uma grande diversidade de corpos d'água, incluindo estuários, que refletem essa diversidade ao longo de sua costa. A poluição por plásticos aumenta a presença de contaminantes emergentes, como os bisfenóis, que causam prejuízos e efeitos adversos no sistema endócrino. Os bisfenóis são disruptores endócrinos que afetam amplamente a saúde dos seres vivos, prejudicando o crescimento, desenvolvimento e reprodução, além de interferirem na atividade dos hormônios e nos hormônios sexuais. O caranguejo possui um grande potencial como bioindicador ambiental, especialmente em áreas costeiras, pois esses seres absorvem a toxicidade dos sedimentos e da água, possivelmente contaminada. O presente trabalho visou avaliar o verdadeiro potencial de espécies de caranguejos para uma análise ambiental na identificação de bisfenol. Através de abordagens analíticas, foi analisada a matriz biológica dos caranguejos para análise de contaminantes de bisfenol em locais do nordeste no Ceará e em Pernambuco. A pesquisa revelou a presença de bisfenol A e seus análogos em regiões de Pernambuco e Ceará, trazendo um alerta para essas localidades. Esses compostos foram detectados na hemolinfa e na urina de diversas espécies de caranguejos, incluindo bisfenol A, F, C, M, PH, entre outros, evidenciando a contaminação ambiental e seus possíveis impactos na fauna local.