FAIR TRADE COMO UMA INOVAÇÃO SOCIAL, DA TEORIA À PRÁTICA: UM ESTUDO A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DAS ORGANIZAÇÕES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, FÁBIO DA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82843
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O desenvolvimento de estratégias e novas formas de integração social delineia-se a partir de propostas e novas ações voltadas para resolução dos problemas sociais e promoção do bem-estar da população. Entre essas propostas, está o fair trade, uma alternativa fundamentada na conservação ambiental e emancipação de pequenos produtores pelo pagamento de “preços justos” dos produtos numa relação ética entre consumidor-produtor, sendo considerado como uma inovação social. Dessa forma, o objetivo principal deste estudo buscou descrever a dinâmica do fair trade nas organizações que aderiram ao sistema Fair Trade Internacional, com base nos princípios do comércio justo e das dimensões da inovação social e identificar porque houve o rompimento das transações comercias. O referencial teórico abordou os temas inovação social, fair trade e comércio justo e solidário. Foram analisadas quatro organizações do Estado do Rio Grande do Norte que conquistaram o selo fair trade. A coleta dos dados primários ocorreu junto aos produtores das organizações e consultor do SEBRAE por meio e entrevistas semiestruturadas e de anotações simultâneas e, posteriormente, foram coletados dados secundários em documentos oficiais, artigos, trabalhos acadêmicos e websites. O método de análise dos dados foi o qualitativo através da técnica de análise do conteúdo. Os resultados mostram que as experiências das organizações com o Fair Trade Internacional apresentam inúmeros propriedades das dimensões de inovação social. Os produtores passavam por um período de crise e descontinuidade. Houve o surgimento de um modelo de desenvolvimento emergente com a oportunidade de trabalhar em cooperação de forma coletiva. Essas modificações exigiram adaptação e novas práticas, uma vez que os produtores passaram por um período de mudanças em sua forma de trabalho e produção. Com isso as relações sociais tornaram mais fortes entre os membros de cada grupo e destes com outros atores externos às organizações. O processo de formação das cooperativas e de certificação fair trade contou com a mobilização e a participação de vários atores, os quais também proporcionaram uma aprendizagem coletiva, tanto em termos técnicos como em ternos de gestão, cívico e interpessoal principalmente para os agricultores. A solução proposta exigiu a formalização dos grupos que passaram a atuar segundo os princípios do associativismo, cooperativismo e da Economia Social ou Solidária. As experiências das organizações com o fair trade podem ser consideradas uma inovação de processos, produtos e organizacional, bem como uma inovação social local, pois buscou atender os interesses geral e coletivos e o bem comum dos produtores. Trabalhar com a exportação da produção gerou incerteza e resistência o que impediu o completo empoderamento por parte de alguns agricultores. A complexidade do processo aliado a cultura</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">local também acarretou em tensão e impulsionou o rompimento das relações comerciais. Outras restrições como a falta de capital de giro e capital para investimento; custos de produção elevados; mercado interno fortalecido; e falta de infraestrutura são colocados como motivações que justificam o fim das negociações com o fair trade. Houve tentativas de retomar as negociações por parte dos compradores, no entanto, não foi possível renovar os contratos comerciais.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Fair Trade Internacional. Inovação social. Dimensões da inovação social. Pequenos produtores. Cooperativa.</span></font></div>