INTER-RELAÇÃO ENTRE ÍNDICE INFLAMATÓRIO DIETÉTICO E CONDIÇÃO CLÍNICA DE PESSOAS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, BRUNA YHANG DA COSTA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82213
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, que consiste em uma das principais causas de incapacidades em adultos jovens e eleva consideravelmente o custo anual do Sistema Único de Saúde. Neste estudo, visou-se analisar a associação entre índice inflamatório dietético (IID) e condição clínica de pessoas com EM. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal, descritiva e caso-controle, realizada em um centro de referência no atendimento da EM no Ceará. Foram avaliados 137 adultos com a doença em qualquer de seus estágios. Foram também selecionados 49 controles saudáveis entre profissionais de saúde da instituição estudada e acompanhantes dos voluntários da pesquisa. A coleta de dados abrangeu a investigação de dados socioeconômicos, antropométricos, de composição corporal, clínicos, de atividade física, dietéticos e marcadores enzimáticos de estresse oxidativo. Os dados dietéticos foram obtidos em medidas caseiras, transformados em gramas ou mililitros e inseridos no software DietWin Profissional 2.0, para cálculo posterior do IID. Este foi determinado de acordo com a proposta de Shivappa et al. (2014a). Os valores de IID foram confrontados com marcadores enzimáticos de estresse oxidativo, com o grau de incapacidade estimado pela Escala Expandida do Grau de Incapacidade, com o escore da Escala do Medical Research Council, taxa de surtos, número de pulsoterapias, avaliação da presença de lesões inflamatórias agudas em substância branca cerebral, sintomas do trato urinário, pressão arterial, com índices antropométricos e percentual de gordura corporal. O IID apresentou correlação positiva com a enzima superóxido dismutase (r=0,303;p=0,022) e aumentou o risco para EM (OR=3,96, IC95%: 1,08;14,50). Não houve diferença nas variáveis clínicas segundo o IID (p&gt;0,05), mas observou-se uma fraca correlação negativa do IID com o escore de avaliação do grau de incapacidade ou EDSS (r=-0,195; p=0,022). O escore z do Índice de Forma Corporal apresentou correlação positiva com o escore EDSS (r = 0,294, p = 0,001). Circunferência da Cintura e Relação Cintura-Quadril apresentaram correlação negativa com o número de dias da pulsoterapia mais recente (r = -0,255, p =0,022 e r = -0,251, p = 0,024). O IID mostrou correlação positiva com Índice de Massa Corporal (r = 0,556, p = 0,025) e com pressão arterial diastólica (r = 0,605, p = 0,013) entre pessoas com EM progressiva. Assim, conclui-se que o IID aumentou o risco para EM e, possivelmente, o aumento do estresse oxidativo nas pessoas com a doença explica essa associação. O IID não influenciou de forma direta na condição clínica de pessoas com EM, mas mostrou interferir no estado nutricional, o qual pode contribuir com o acúmulo posterior de incapacidades. As evidências de possíveis benefícios da dieta na prevenção e no tratamento da EM abrem perspectivas para um tratamento de mais baixo custo e de melhor adesão, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas acometidas por esta doença, reduzindo a magnitude das incapacidades e o tempo e estresse associados ao atendimento.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Esclerose múltipla. Consumo alimentar. Estado nutricional. Inflamação. Estresse oxidativo.</span></font></div>