Contribuição para desenvolvimento tecnológico de um fitoterápico a partir de Vitex agnus castus para tratamento dos sintomas da síndrome pré-menstrual e menopausa

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Vasconcelos, Eilika Andréia Feitosa
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Biotecnologia; Fitoterápico; Menopausa; Síndrome pré-menstrual
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=72585

A síndrome pré-menstrual e a menopausa são caracterizadas por manifestações físicas e emocionais desagradáveis, apresentando em comum as oscilações hormonais. Estudos realizados com Vitex agnus castus L. têm demonstrado bons resultados no tratamento de sintomas da síndrome pré-menstrual, bem como na terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa. A espécie Vitex agnus castus é originária da costa do mediterrâneo e da região do centro asiático, apresenta diversas aplicações. É conhecida no Brasil como alecrim-do-norte, alecrim-d’angola e pau d’angola. Para este estudo foram obtidos óleos essenciais e extratos hidroalcoólicos das folhas de Vitex agnus castus. Os óleos essenciais foram obtidos por hidrodestilação e vinte e três constituintes foram identificados por cromatografia gasosa acoplado a espectrômetro de massa. O óleo essencial obtido foi caracterizado como sendo do quimiotipo 1,8-cineol. Os óleos essenciais apresentaram atividade inibidora moderada contra bactérias gram-positivas e gram-negativas e mostrou-se tóxico, citotóxico e efeitos genotóxicos em concentrações de 50 e 25 &#956;g.mL-1 frente ao biomarcador Allium cepa. Na padronização dos extratos o planejamento fatorial foi utilizado como um tratamento racional para avaliar o efeito de cada fator sobre o resíduo seco da solução extrativa. O delineamento fatorial utilizado foi do tipo 23 e os resultados mostraram que o extrato obtido por maceração com partículas totais usando como líquido extrator o etanol a 70 ºGL foi o que apresentou maior resíduo seco. Para a obtenção da forma farmacêutica semi-sólida foram desenvolvidos dois sistemas emulsionados, creme e gel-creme, para incorporação do óleo essencial e dos extratos. Adicionalmente, foram realizados estudos de estabilidade preliminar. Os resultados desse estudo demonstraram que o sistema emulsionado gel-creme apresentou maior estabilidade em relação ao creme, sendo, portanto, mais adequado para a incorporação do óleo e do extrato em formulações de base gel-creme. O método espectrofotométrico validado para quantificação do teor de flavonóides totais por meio de leitura direta apresentou-se linear, exato e preciso, com coeficiente de correlação maior que 0,999, tendo como substância química de referência a isovitexina. Os resultados reforçam a necessidade de novos estudos para determinação dos efeitos farmacológicos, bem como para identificar as concentrações sem efeito genotóxico. Os dados experimentais in vivo preliminares permitiram a identificação que o uso de Vitex agnus castus não promove alterações no ciclo estral de ratas, bem como toxicidade sobre a gestação.&nbsp;<div>Palavras-chave: Vitex agnus castus L. Fitoterápico. Síndrome pré-menstrual. Menopausa.</div>