Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Franco, Clóvis Roberto Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=64544
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Resumo: |
Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. (Alecrim do Campo) é uma planta aromática que devido às suas propriedades terapêuticas tem sido usada extensivamente na medicina popular. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar estudos botânicos, químicos, ecofisiológicos e farmacológicos com esta espécie. O estudo botânico observou e analisou informações sobre as características morfológicas, fisiológicas e ambientais de espécimes de H. fruticosa coletados em seis localidades. Foram observadas as inter-relações com a fauna e a flora, analisados os tipos de solo e feições climáticas. Estratégias reprodutivas foram acompanhadas nos pontos de coleta e no laboratório e as características dos carcerulídios (sementes inclusas) investigadas sob Microscopia Óptica (MO) e sob Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A composição química do gel formado a partir dos filamentos mucilaginosos do carcerulídio foi obtida por método colorimétrico, Cromatografia Líquido-Gasosa (CLG) e de Gel Permeação (CGP). Foi analisada a formação dos monoterpenos e dos sesquiterpenos freqüentes nos óleos essenciais (OE) de H. fruticosa, considerando-se a derivação química dos terpenos. A composição e a variabilidade do OE foram obtidas por CG-EM (Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas) e CG-DIC (Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em Chama) a partir de folhas e talos, durante o estágio vegetativo, floração e frutificação, também de sementes e flores. Da mesma forma a caracterização química do OE extraído das folhas e talos obtidos em seis pontos de coleta durante o estágio vegetativo. Análises de Grupamento Aglomerativo Hierárquico (GAH) e de Componente Principal (ACP) demonstraram a existência de composições variadas, reforçando a possibilidade de polimorfismo químico. A influência dos métodos de extração sobre a composição química foi observada, levando-se em conta as diferenças entre o OE obtido por hidrodestilação, constituintes do hidrolato e do material resinoso coletado nos tricomas. Avaliou-se o xxi efeito do estresse hídrico sobre parâmetros ecofisiológicos como fotossíntese, transpiração, condutância estomática, CO2 interno, teor de clorofila e composição do OE. Três composições diferenciadas de OE de H. fruticosa apresentaram em dois modelos farmacológicos de dor, efeitos antinociceptivos importantes com propriedade periférica e central, sugerindo a não participação do sistema opióide. O EE (Extrato Etanólico) e suas frações n-C6H14, EtOAc e MeOH/H2O demonstraram atividades inibitórias em modelos experimentais de edema e migração celular. As atividades antimicrobianas do OE e do EE de H. fruticosa e suas frações (acetato de etila, hexânica e clorofórmica) inibiram o crescimento de Staphylococcus aureus MRSA e Trichophyton rubrum. As atividades antioxidantes do EE e frações avaliadas in vitro, seqüestraram o radical livre (DPPH) com um maior potencial de inibição (IP = 99,73%, EtOAc), comparável ao controle de 95,53%. O potencial alelopático de H. fruticosa foi demonstrado através dos efeitos inibitórios do EE e OE na germinação e crescimento de alface (Lactuca sativa L.). A dispersão de voláteis com atividades fitotóxicas, feita pelas partes aéreas desta planta, foi constatada experimentalmente utilizando-se a técnica de Headspace Dinâmico (HSD). O polimorfismo genético das seis populações de H. fruticosa foi avaliado através de marcadores moleculares (RAPD), confirmando-se a existência de variabilidade genética na espécie. Os resultados revelaram informações biológicas e ecofisiológicas da espécie, como o possível polimorfismo químico correlacionado a um potencial farmacológico relevante, incluindo possibilidades agroecológicas de desenvolvimento sustentável. Palavras chave: H. fruticosa, botânica, química, farmacologia, alelopatia, polimorfismo. |