“Não Posso Ser Professora da Aldeia, Mas Posso Ser Prefeita da Cidade”: Biografia de Iraci Cassiano Soares

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Mendes, Marcia Cristiane Ferreira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107337

A pesquisa está inserida no campo da História da Educação e trata da educação e da profissionalização de mulheres e tem por objetivo biografar a professora Leiga Iraci Cassiano Soares, dando ênfase a sua formação educacional, profissional e política. Diante de sua trajetória de vida e percebendo sua importância para o povo indígena definimos o objetivo geral: Compreender o contexto educacional e social que possibilitou a professora Iraci se tornar a primeira prefeita indígena mulher a ocupar o cargo político na Paraíba. Para compreender e desenvolver o estudo partimos do seguinte questionamento: como a Indígena Iraci Cassiano Soares galgou letramento para atuar como professora leiga em sua comunidade e se tornar a primeira prefeita indígena do estado da Paraíba? Como norte inicial adentraremos aos escritos de Burke (2005; 2010), Pesavento (2004) Hobsbawm (2013), Certeau (2002) Chartier (2002), por compreender que estes discutem o movimento da História Cultural como também a trajetória histórica do Movimento dos Annales, mencionando seus principais idealizadores e pesquisadores, sendo estes influenciados pelas ideias de renovação da história, contribuindo para a consolidação desta nova fase historiográfica, o que nos oportunizou traçar um estudo biográfico da professora leiga Iraci Cassiano Soares, utilizando a metodologia da História oral (ALBERTI, 2015), tendo as entrevistas como técnica de coleta das narrativas dos entrevistados, entrecruzada com fontes documentais. A Potiguara Iraci destaca-se por ter atuado como parteira, professora leiga ocupando o cargo de auxiliar de ensino, auxiliar de enfermagem no Posto da FUNAI, e por fim, sendo eleita no ano de 1992 como prefeita da cidade que reside, a Baia da Traição – PB. A pesquisa empreendida possibilitou interpretar a história educacional da Baia da Traição – PB e participação singular da potiguara em vários âmbitos da sociedade, como na educação, na saúde e na política.