Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Hissa, Miguel Nasser |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=55402
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Resumo: |
Estudos recentes têm apontado um efeito deletério da hiperglicemia persistente em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. O controle glicêmico estrito abaixo de 110 mg/dl com insulina tem demonstrado exercer um efeito antiinflamatório em pacientes críticos, melhorando o prognóstico da doença. A glutamina, um aminoácido condicionalmente essencial durante o estresse, promove a utilização de glicose e aumenta a sensibilidade à insulina em pacientes críticos. Objetivou-se, no presente trabalho, estudar os efeitos de doses nutracêuticas de L-alanil-glutamina (L-Ala-GIn) administrada no período pré-operatório, associada ao uso intra e pós-operatório da infusão de insulina. Vinte e dois pacientes adultos (idade média: 63,4 anos), candidatos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea (CEC), foram randomizados em 2 grupos: Grupo salina (GS) e Grupo L-Ala-GIn (GG). Receberam por via endovenosa uma infusão de 1.000 ml de solução salina (GS) ou 250ml de uma solução de L-Ala-GIn a 20% diluída em 750 ml de soro fisiológico, nas 3 horas que precederam a intervenção cirúrgica. A insulina foi administrada ininterruptamente, durante a realização do procedimento cirúrgico, a ambos os grupos. Amostras de sangue foram coletadas antes e após a infusão da solução salina ou da L-Ala-GIn [tempo basal (T-0) e pré-operatório (T-1) respectivamente]; antes e após a circulação extracorpórea (CEC) e no final do período operatório (T-2); e 12 e 24 horas no período pós-operatório (T3). Foram analisadas as seguintes variáveis: Insulina, peptídeo C, creatinofosfoquinase (CPK), lactato desidrogenase (LDH), Proteína C reativa ultra-sensível (PCR), IL-1, IL-6, IL-10, TN-<span style="font-family: Calibri; font-size: 10pt;">α</span><span style="font-size: 10pt;">, metabólitos (lactato, piruvato, acetoacetato e 3-hídroxibutirato), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), glutationa reduzida (GSH) e estado antioxidante total (TAS). Através da punção digital, amostras de sangue capilar foram coletadas, para análise da glicemia, nos períodos T-0, T-1, a cada hora durante a cirurgia (T-2) e a cada 2 horas após a cirurgia (T-3). Apesar da administração exógena de insulina durante a cirurgia ter sido constante em ambos os grupos, nos pacientes do grupo GG, a insulinemia permaneceu em concentração semelhante em todos os períodos, enquanto que no grupo GS elevou-se em T-2 e T-3 comparado ao valor basal (T-1) (31.9+/-28.8 Versus 6.56+/5.4, p=0.013). O aumento da concentração plasmática de glucose foi significativamente menor nos pacientes tratados com L-Ala-GIn no período intra quando comparado ao grupo controle (129.9+/-15.2 versus 158.6+/-18.6, p= 0.003). Não se observaram alterações significantes nas concentrações séricas das demais variáveis estudadas entre os dois grupos. Conclui-se que a administração pré-operatória de doses nutracêuticas de L-Ala-GIn em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com revascularização do miocárdio com CEC induz uma menor elevação da glicemia concomitante a menor elevação da insulinemia, o que ressalta o uso potencial da administração pré-operatória desse dipeptídeo para atingir um melhor controle glicêmico e melhorar a sensibilidade à insulina. DESCRITORES: Insulina; Doença arterial coronariana; Cirurgia; Glicemia; L-alanil-glutamina.</span> |