Impactos de passagens molhadas na morfodinâmica fluvial do baixo curso do rio Jaguaribe: uma análise a partir da barragem das pedrinhas em Limoeiro do Norte-Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bezerra, Marcos de Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67802
Resumo: O entendimento dos ambientes fluviais possui importância inequívoca, uma vez que tais ambientes são essenciais para o desenvolvimento de diversos usos da sociedade. As barragens, de modo geral, exercem importante papel do ponto de vista econômico e social, no entanto, podem alterar significativamente a dinâmica de um rio, tendo repercussões, muitas vezes, irreversíveis. Pensando por esse prisma, este trabalho se propôs a identificar os impactos causados pela ―Barragem das Pedrinhas‖ na morfodinâmica fluvial do rio Jaguaribe, a fim de contribuir para as ações de gestão e planejamento na região. A área de estudo está localizada no baixo curso do Rio Jaguaribe no município de Limoeiro do Norte - Ceará. Para a realização deste trabalho foram monitoradas três seções nas adjacências da barragem durante o ano de 2009. Nesse sentido, entendeu-se que as variáveis vazão, concentração de sedimentos, descarga sólida, batimetria, morfologia e granulometria dariam uma resposta satisfatória ao que se desejava alcançar no final do trabalho. Os resultados apontaram que há uma diversidade significativa de usos na ―Barragem das Pedrinhas‖ e adjacências, porém, a dinâmica fluvial é controlada, praticamente, pelo regime pluviométrico da região, associado à regularização do rio Jaguaribe pelo Açude Castanhão. As vazões variaram de 12 m³/s (janeiro) a 44 m³/s (abril). A concentração de sedimentos e a descarga sólida acompanharam o mesmo padrão, menor no período de estio e maior no período chuvoso. A concentração média de sedimentos suspensos foi de 20 mg/L, sendo a máxima de 45 mg/L na seção Bonfim no mês de abril, e a mínima de 3 mg/L em janeiro na seção Quixaba. Os dados de batimetria mostraram uma profundidade média da barragem em torno de 3,5 metros, tendo chegado a 5 metros 2009. As alterações morfológicas e hidrossedimentológicas identificadas foram inexpressivas dentro da escala espacial de análise (12 km de curso do rio). Portanto, um estudo mais abrangente se faz necessário para melhor compreensão das alterações provocadas pelas passagens molhadas em nível de bacia hidrográfica. Palavras-chaves: Rio Jaguaribe. Barragem das Pedrinhas. Dinâmica fluvial.