Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Graça Maria de Morais Aguiar e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67867
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Resumo: |
Um dos desafios em debate no sistema educacional brasileiro nos últimos anos tem sido a inclusão escolar de alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), em particular a partir da década de 1990, com as lutas da sociedade civil e, sobretudo, com a criação de leis, tratados e resoluções políticas em defesa da pessoa com deficiência. Esses e outros eventos aumentaram o acesso dos alunos com NEE à rede regular de ensino, exigindo ajustes redefinidores no papel das escolas e na atuação pedagógica dos educadores. Neste contexto, podemos indicar a urgente revisão do papel do pedagogo escolar, o qual, durante muito tempo teve como função, além da de técnico, orientador ou gestor de uma instituição escolar, lecionar nas séries iniciais do Ensino Fundamental, acreditando que o trabalho com crianças com algum tipo de deficiência era apenas para especialistas. Hoje, o pedagogo vêse diante de toda uma diversidade de alunos com ou sem deficiência na sala de aula, exigindo dele uma prática diferenciada que atenda à proposta de inclusão estabelecida pelos acordos e leis vigentes. Em face do o exposto, nos propomos neste estudo a analisar os desafios da Formação e da prática do pedagogo no contexto da Educação Inclusiva. Buscamos por meio de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, investigar a formação, concepções e prática de pedagogos que atuam na rede regular de ensino municipal de Tianguá-CE, evidenciando as possibilidades e desafios encontrados no exercício da docência no contexto da inclusão de alunos com NEE, analisando de forma especial, se a formação em pedagogia favorece ou não as práticas inclusivas exigidas atualmente. Para tanto, usamos como procedimentos de coleta de dados: levantamento de informações sobre os pedagogos egressos de uma turma de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, que atuam em escolas integrantes do sistema de educação municipal em Tianguá, junto à Secretaria de Educação do Município; seleção de uma amostra dos pedagogos que atuam na docência destas escolas para responderem questionário semiestruturado; escolha de um destes pedagogos que possuem em sala de aula, alunos com NEE para realizarmos entrevistas e observações não participantes. Tentamos compreender os entraves que dificultam o processo inclusivo na formação e prática dos pedagogos, tomando como estudo empírico uma professora egressa da turma de Pedagogia citada, a qual aceitou ser observada por dois meses em seu ambiente de trabalho, uma sala de aula no turno da manhã e outra no turno da tarde, ambas de 4º ano do Ensino Fundamental. Tomamos como base teórica autores como Mazzotta (2003), Januzzi (2004), Symansky (2004), Glat (2004), Glat e Blanco (2007), e Magalhães (2002, 2004, 2008) entre outros que tratam da Educação Especial e Inclusiva. Saviani (2007, 2008) Libâneo (2008), Pimenta (2006), estudiosos da pedagogia e do pedagogo. Na leitura de fatos presenciados e relatados, percebemos boa vontade e compromisso da professora observada para com sua sala de aula. Apesar do esforço não planejado da profissional, identificamos com este estudo que a ação não corresponde ao desejo da referida profissional. A pedagoga queixou-se da sua formação inconsistente no tocante à Educação Especial e Inclusiva, não fez nem falou de formação continuada neste sentido. Demonstrou, pela entrevista, não ter bem definido o que vem a ser a proposta inclusiva. Ademais a metodologia de ensino adotada em sala, traz em suas ações muitos elementos da integração, mas não da inclusão. E, também como os resultados revelam a Educação Inclusiva em Tianguá caminha a passos lentos e, para o pedagogo, ainda se constitui um grande desafio o ensino-aprendizagem eficiente do aluno com NEE na rede regular de ensino. Isto reforça a tese da necessidade de uma reorganização do currículo dos cursos de pedagogia no Brasil, com vistas a formar profissionais realmente preparados para lidar com o ensino na diversidade e, sobretudo, gerenciar uma formação continuada que atenda de forma mais eficiente às demandas atuais do contexto educacional. Palavras-chave: Formação do pedagogo. Prática pedagógica. Inclusão escolar. |