Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Portela, Regilene Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113985
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Resumo: |
Esta tese responde às perguntas: Quais as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pais e filhos em tempos de pandemia? Ocorreu mudança no comportamento das crianças durante a pandemia? Como hipótese tivemos que, Famílias com crianças desenvolveram estratégias de enfrentamento da pandemia Covid-19 durante sua rotina, com foco no comportamento infantil. Esta tese trata de um estudo ecológico transversal analítico, realizado com famílias da região Nordeste, no período de setembro de 2020 a dezembro de 2021. A amostra foi composta de 516 famílias, com 625 crianças de 4 a 11 anos de idade. O tratamento dos dados e a análise estatística utilizou o Microsoft Excel e o Python. Foram realizadas estatísticas descritivas, com porcentagem, média e desvio padrão, além de estatística analítica. De acordo com análise realizada, o termo enfrentamento pode ser conceituado como: uma interação entre indivíduos e o ambiente que provoca mudança cognitiva e comportamental diante das relações familiares e estresse nos desafios do dia a dia, resultando em capacidade de resolver problemas de forma positiva, com reenquadramento positivo, busca por suporte ou de forma negativa quando há fuga, agressividade, culpa ou evitação (Artigo 1). Os resultados obtidos mostram que a maioria das famílias eram da Paraíba, Pernambuco e Ceará, que não sofreu alteração salarial, porém relatou alguma dificuldade financeira, poucos receberam ajuda governamental para lidar com suas dificuldades financeiras, muitos tinham curso superior e eram funcionários públicos. Observa-se que as famílias conseguiram dividir as tarefas domésticas durante a pandemia, tendo boa participação dos pais nas tarefas e pouca ajuda das crianças (Artigo 2). Os pais perceberam mudanças no comportamento/humor das crianças, durante a pandemia de Covid-19 no cuidado cotidiano. O uso de telas em excesso está relacionado a essas mudanças das crianças e essa foi a atividade que elas mais fizeram durante esse período, ocasionando principalmente ansiedade. Além disso, muitos pais tiveram dificuldades em organizar as atividades diárias das crianças (Artigo 3). Durante a pandemia de covid-19, as crianças apresentaram diversas situações de dificuldade em obedecer de acordo com o Questionário de Situações Domésticas (QSD), com média de intensidade elevada, próximos a valores de crianças clínicas. A faixa etária de 4 a 6 anos apresentaram frequência de situações e média mais elevadas. Na maioria das situações tiveram scores maiores que as crianças de 7 a 11 anos, apontando que as crianças menores tiveram mais dificuldades em obedecer, com maior impacto durante a pandemia. As situações de maior dificuldade de obediência eram relacionadas à rotina diária (Artigo 4). Conclui-se que a hipótese pensada foi confirmada, pois as famílias apresentaram dificuldades em organizar as atividades das crianças e também não obtiveram muita ajuda delas nas tarefas diárias. As crianças apresentaram mudanças no seu comportamento/humor e dificuldades em obedecer às situações do cotidiano. Esse estudo se mostrou importante, pelo seu pioneirismo na pandemia. O QSD foi um instrumento de fácil utilização, validado, que pode ser utilizado pelos enfermeiros, para serem aplicados com os pais, oportunizando-os a refletir e conhecer as situações que mais afetam e dificultam a obediência das crianças, ajudando-os a tomar decisões sobre intervenções ou disciplina. |