Combustão de pellets da palha do milho e da casca da castanha de caju nos cenários residencial e industrial: análises química, energética e de emissões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moreira, Fabriciany Lourenco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106777
Resumo: As energias renováveis se tornaram vetores para o desenvolvimento sustentável. A utilização de fontes mais limpas e com maior potencial econômico em longo prazo, nos últimos anos vem pautando as pesquisas cientificas e motivando inovações em diversas áreas, tendo destaque a temática do reaproveitamento. O Nordeste brasileiro tem um potencial agrícola considerável se comparado na produção de milho e castanha de caju. Resíduos dessas culturas são utilizados, na forma densificada de pellets, para geração de calor em industrias e residências. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar uma comparação do potencial energético dos pellets de biomassa residual para a palha do milho e a casca da castanha de caju. A metodologia utilizada foi a densificação manual da biomassa, para produção de pellets da casta da castanha (PCCC) e de palha de milho (PPM) e os feitos utilizando glicerol como aglutinante (PCCC/G e PPM/G) e imediatamente após foram realizadas análises químicas (teor de umidade, teor de voláteis, carbono fixo, teor de cinzas e densidade absoluta), térmicas e de gases de exaustão (CO, NOx e CH 4 ) de sua decomposição térmica em condições industriais de baixa potência e em condições residenciais. Como resultados das análises químicas obtivemos para o teor de umidade (16.81±0.84%, 9.59±0.79%, 15.66±0.64% e 8.65±0.46%), para o teor de matérias voláteis (82±1%, 86±1%, 88±1% e 90±1%), para o teor de cinzas (1.15±0,02%, 0.89±0,14%, 0.70±0,07% e 0,76±0,14%), para o teor de carbono fixo (17.99±1,00%, 13.48±0,59%, 11.75±0,46% e 9.57±1,25%) e valores médios de densidade absoluta (845±4kg/m³, 453±4kg/m³, 849±4kg/m³ e 1032±2kg/m³) respectivamente para os PMM, PPM/G, PCCC e PCCC/G. Estes resultados demonstram um grande potencial dos pellets destas culturas a serem integradas à cadeia de fornecimento de biomassa para geração de energia e o desenvolvimento agroecológico. Embora não apresentaram temperaturas competitivas com outros pellets de uso industrial, todos os PPM, PPMG, PCCC e PCCCG mostraram temperaturas ótimas para operação doméstica e com valores semelhantes aos combustíveis mais utilizados como o GLP. Os poluentes associados as queimas, são nocivos à saúde humana, entretanto são semelhantes aos encontrados na lenha. A análise dos gases de escape a partir da combustão dessas biomassas utilizadas neste trabalho pode servir de base para a criação de parâmetros de segurança e políticas públicas para regular o uso de biomassa para fins energéticos.