(Des)cortesia linguística na nova pragmática e a problemática da intencionalidade nos atos de fala violentos na publicidade brasileira: quem é o responsável?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Reginaldo Gurgel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83643
Resumo: <div style="">A reboque da necessidade de unir os esforços teóricos da Linguística Aplicada às práticas interacionais entre sujeitos nos/por meio dos fenômenos da linguagem ordinária, esta dissertação perfaz a trilha dos construtos da Nova Pragmática, a partir do caráter in/transdisciplinar desse novo dizer/fazer epistemológico, para melhor contemplar/analisar/problematizar o mundo sociocultural em atos performativos da fala. Especificamente, nesse estudo, nosso olhar sensível às interpelações humanas se volta às relações comunicacionais abusivas, violentas e desrespeitosas, situadas na produção e na divulgação de ações publicitárias brasileiras, em meio à problemática da intencionalidade e responsabilidade por tais atos. Para tanto, sincronizamos nossa análise no fluxo latinoamericano da (Des)Cortesia ou (Im)Polidez Linguística, que se fundamenta na práxis sociocultural das interações dinâmicas, múltiplas e situadas no lugar e no tempo. Orientados por esse propósito e por um método de abordagem de pesquisa hipotético-dedutivo, refletimos acerca dos modos de operacionalização das ideologias que subjazem, sustentam e estabelecem relações de poder nas comunidades de prática (des)cortês-violentas, tendo como objeto de análise as ações publicitárias denunciadas e julgadas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), pelo critério respeitabilidade. Os resultados alcançados neste trabalho apontaram que, pela iterabilidade e pela noção crítica de uptake (apreensão) dos (co-/con)textos e seus (co-)autores, os anunciantes e agências de publicidade e propaganda, ao performatizar/(re)produzir e divulgar atos descorteses na criatividade publicitária, aproximam-se de uma possível pertença a uma comunidade de prática descortês. Tal fenômeno resulta não apenas na insatisfação dos seus públicos de interesse mediante o sentimento da ofensa, como também na crise de imagem (ameaça à face/imagem dos interactantes), tanto na perspectiva do anunciante/agência, quanto na perspectiva do público receptor, dada a naturalização dos discursos violentos e cristalização do hiato social, fruto da assimetria de poder entre os grupos socioculturais, econômicos e políticos. Palavras-chave: Nova pragmática; (Des)Cortesia; Violência linguística; Ideologia; Publicidade e propaganda.</div>