Lesões periapicais em pessoas com diabetes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cesar, Juliana Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107776
Resumo: O Diabetes mellitus (DM) é uma doença sistêmica, complexa e crônica que acomete a maior parte da população mundial. Por trazer sequelas e dificultar a qualidade de vida de muitos, esta tem recebido grande atenção pelas pesquisas. Diante disso, vale apontar uma das manifestações que esta doença traz ao meio bucal dos pacientes, como a presença crônica das lesões periapicais, que se não prevenidas ou tratadas, podem agudizar e piorar o quadro sistêmico desses pacientes. Essa lesão forma-se apartir de uma infecção pulpar no dente, o qual se uma resposta inflamatória e por conseguinte a destruição óssea. Dito isso, o objetivo desse estudo é estimar a prevalência das lesões periapicais, suas características e possibilidade de acometer os diabéticos orieundos de uma capital nordestina brasileira a frente do cenário nacional. Primeiramente se preconizou desenvolver o trabalho em duas fases, o qual começou-se com uma revisão de escopo, seguindo as normas da Joanne Briggs Institute e abordando a prevalência e características dessa patologia, em segundo foi feito um estudo de caso-controle no Centro de Especialidade Odontológica do Ceará, especificamente no setor da endodontia, em meados de outubro e novembro de 2021, que seguiu as normas dos estudos observacionais, sendo classificados como: caso (os pacientes com DM e lesão periapical) e o controle (pacientes sem essa lesão). Em relação aos aspectos éticos, este estudo está em concordância com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Os resultados das buscas na literatura mostraram as evidências científicas sobre lesões apicais em diabéticos no Brasil. Após os estudos e produção de artigos foi constatada escassez de periódicos, principalmente voltado à presença da lesão periapical relacionado a doença crônica. No estudo de caso-controle foram avaliados 360 prontuários, dos quais apenas 193 (53,61%) possuiam a lesão periapical. As variáveis que se mostraram associadas à presença dessa lesão foi o fluxo e tipo de tratamento (p < 0,05). Entretanto, a razão de prevalência mostrou-se baixa 0,01 e 0,06. Ao avaliar as características da lesão, observou-se que 54,7% apresentam-se nos dentes molares e 87% encontraram-se em estágio necropulpar. A hipótese nula foi aceita por não haver prevalência significativa. Os resultados mostraram também que, do total pesquisados, havia apenas 11 hipertensos, 05 diabéticos e 05 diabéticos-hipertensos. Neles, constatou-se que o maior acometimento das lesões periapicais em diabéticos foi em mulheres (75%), na faixa etária de maiores de 26 anos (62,5%). Todos os pacientes apresentaram necrose pulpar, com presença de lesão nos dentes posteriores (81,25%) e anteriores (18,75%). No que se refere ao tamanho, foram encontradas medidas com 1mm (62,5%), 2mm (25%), 3mm(6,25%) e 4mm(6,25%), tendo predominância da posição apical da raiz, e todos os usuários começaram o tratamento endodôntico. Conclui-se que a prevalência estimada foi menor que a esperada, mas a situação de cada paciente não foi menos grave.