Fatores determinantes da abertura de novas empresas no Brasil no período 1999-2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Souza, Cristiane Madeiro Araújo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=51771
Resumo: Este trabalho procurou identificar quais os determinantes da abertura de novas empresas no Brasil. Utilizou-se como referencial teórico principal a teoria eclética,que usa a linguagem econômica para distinguir os diversos determinantes do empreendedorismo. De fato, a teoria discrimina os determinantes entre demanda e oferta. O lado da demanda cria oportunidades para empreendedores através da procura por bens e serviços, enquanto que o lado da oferta gera empreendedores em potencial que podem agir ao se depararem com as oportunidades. Devido à clareza e simplicidade, o modelo de análise da teoria eclética é escolhido neste trabalho para servir como referência para construção e interpretação do modelo estatístico. Utilizaram-se dados secundários sobre abertura de empresas, obtidos através de informações disponibilizadas publicamente pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC). Outras fontes de pesquisa foram utilizadas (IBGE, e FGV-DADOS). Na análise empírica, verifica-se que, exceto quando se utiliza a variável Firmas Individuais como medida de empreendedorismo, a taxa de urbanização (medida de densidade populacional) se mostra fator determinante da taxa de criação de novas empresas. O tamanho do setor de Serviços também é fator determinante quando se considera a criação de empresas limitadas. Os resultados empíricos (sinais dos coeficientes) são consistentes com aqueles previstos pela Teoria Eclética quando se consideram estas duas variáveis (taxa de urbanização e tamanho do setor de Serviço). A variável crescimento populacional aparece como fator determinante em alguns modelos (quando se utiliza com medida da taxa de abertura de empresas a variável agregada Empresas com efeitos regionais e quando se utiliza a variável empresas LTDA sem efeitos regionais). No entanto,os resultados empíricos (sinais sempre negativos) não são consistentes com aqueles previstos pela Teoria Eclética que prevê uma associação positiva entre crescimento populacional e criação de empresas (sinal positivo). Vale ainda ressaltar que nenhuma das outras variáveis contempladas pela teoria eclética aparece como determinante da atividade empreendedora, pois apresentam coeficientes estatisticamente insignificantes. Palavras-chave: Empreendedorismo, Demanda, Oferta.