A VIOLÊNCIA LINGUÍSTICA VIRTUAL CONTRA A MULHER: IDEOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE (IM) POLIDEZ EM BLOGS. FORTALEZA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Martins, Adriana Regina Dantas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85051
Resumo: Longe de uma visão pragmática que considere a ação linguística a partir de interações generalizadas,<br/>vistas como intencional e universalmente produzidas por sujeitos idealizados, esta dissertação pretende<br/>romper com um suposto modelo universal de comunicação pragmática ao estudar as ideologias<br/>operacionalizadas em atos de fala impolidos, constituindo uma forma de violência de gênero: a<br/>violência linguística. Para isso, investigamos produções em blogs marcadamente machistas, de autoria<br/>masculina e feminina, que através de suas postagens lúdicas afirmam e reafirmam determinados<br/>modos de ser “mulher”. De modo específico, realizamos uma análise pragmático-discursiva nos textos<br/>das postagens e dos comentários sobre esses textos, postados nos blogs Testosterona e Acidez<br/>feminina, entre os anos de 2011 a 2013, a partir da articulação metodológica entre as categorias de<br/>operação da ideologia e as estratégias de (im)polidez linguística. Os resultados demonstram que,<br/>apesar do caráter lúdico que assumem as postagens impolidas, através das quais explicitamente<br/>ocorrem exposições de faces, que os atos de fala proferidos instauram ofensas contra as mulheres,<br/>fazendo surgir conflitos nas interações por meio de atos de fala polidos e impolidos, proferidos por<br/>homens e mulheres, interagentes dos blogs investigados. Tais ofensas constituem e são constituídas<br/>em modos de naturalização de ideologias patriarcais e colonizadoras do gênero feminino, as quais<br/>reafirmam modos hegemônicos de ser “mulher”.<br/>Palavras-chave: Violência Linguística; Mulher; Ideologia; (Im)polidez linguística