Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Barros, Alexandre de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96085
|
Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A quimioterapia é uma das principais ferramentas de combate ao câncer e doenças microbianas, porém seus efeitos colaterais e custos estimulam a busca por novas drogas eficientes e com bom custo-benefício. Produtos naturais como os presentes nas espécies vegetais Hancornia speciosa Gomes e Anacardium occidentale Linnaeus podem representar fontes de compostos bioativos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo, investigar as atividades citotóxicas e obter novos produtos com porencial anticâncer utilizando extratos, isolados e derivados das plantas selecionadas. O extrato das cascas do caule de H. speciosa foi obtido em etanol (70%) por maceração e fracionado por cromatografia em coluna de sílica gel. As principais frações foram testadas contra células tumorais in vitro pelo método MTT. As frações ativas Hs-1, Hs-2 e Hs-5 foram caracterizadas por RMN, infravermelho (FT-IR), UPLC MS/MS e HPLC. Em seguida, foram avaliadas quanto à toxicidade em macrófagos murinos, e as interações in silico com as enzimas anidrase carbônica IX, topoisomerase I e quinase CK2 (or CDK-2) para determinação do mecanismo de ação citotóxica. A mistura de ácidos anácardicos (AA) foi isolada do líquido da casca da castanha (LCC) extraído de A. occidentale e analisada por HPLC. Os derivados metálicos com os sais de Ag+ , Mn2+ e Sn2+ foram sintetizados na proporção 1:1 e 1:2 (metal:ligante) em meio básico, caracterizados por UV-Visível e FT-IR, RMN e método de Job para Ag-AA (1:2). As atividades antifúngicas, por microdiluição em caldo, a inibição da enzima acetilcolinesterase por método quantitativo, assim como a toxicidade em Artemia salina, e a citotoxicidade em células tumorais, foram determinadas para os derivados metálicos. As frações Hs-1, Hs-2 e Hs-5 de H. speciosa apresentaram ação inibitória na proliferação de células tumorais, variando de 60,53 a 100%, e Hs-2 e Hs-5 não foram citotóxicas para macrófagos murinos. Em Hs-1, o ácido 3-O-acetiloleanóico foi identificado, enquanto as frações Hs-2 e Hs-5 apresentaram o ácido elágico (AE) e seus derivados, e elagitaninos. No acoplamento molecular, o EA inibiu fortemente a quinase CK2, o que provavelmente configura o principal mecanismo da ação citotóxica das frações Hs-2 e Hs-5. Os espectros do UV-VIS e de FT-IR, confirmaram a formação dos complexos do AA com os metais. Os derivados 1:2 apresentaram ação antifúngica semelhante ao AA (CIM = 0,039 mg/mL) e os complexos inibiram a enzima AChE, sendo o Mn-AA (1:1) com CI50 = 6,01 μg/mL o mais ativo. AA, Sn-AA (1:2) e Ag-AA (1:2) foram tóxicos aos náuplios de A. salina, e na avaliação da ação antitumoral, Ag-AA (1:2) inibiu a proliferação de células tumorais com CI50 de 5,70 a 14,79 µg/mL. Dessa forma, o extrato das cascas do caule de H. speciosa é fonte promissora de compostos bioativos com ação antiproliferativa em células tumorais. A síntese de derivados metálicos do AA representa uma importante rota de produção de compostos bioativos, destacando o complexo do AA com a prata (Ag+ ) como produto com potencial ação anticâncer. Palavras-chave: Anticâncer. Compostos bioativos. Hancornia speciosa. Anacardium occidentale. Ácido anacárdico. Derivados metálicos.</span></div> |