Violência simbólica nos editais de seleção de programas de pós-graduação: uma abordagem linguístico-sociológica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araújo, Carlos Sidney Avelar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107735
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A temática dessa pesquisa se circunscreve no rastreamento da violência simbólica percebida em seleções acadêmicas de mestrado de universidades públicas da cidade de Fortaleza, Ceará. Pela visão performativa do filósofo linguista Austin, Editais fazem o campo linguístico-discursivo que norteia a “força ilocucionária” e os “efeitos perlocucionais”. A complexa relação simbólica entre candidatos à academia e acadêmicos revela uma tensão em que está em jogo a concessão a entrada na academia. De um lado a força do ato de fala que exerce o “poder simbólico” nessa relação, e, de outro, os efeitos (perlocucionais) que possibilitam enxergar aquilo que Bourdieu convencionou chamar de “violência simbólica”, coerção que no campo particular das seleções só pode ser exercida pela adesão que o candidato não pode deixar de conceder ao acadêmico, ou seja, à academia. Entender como a relação entre candidatos à academia e acadêmicos se concretiza, que dispositivos são acionados para que a “dominação simbólica” via editais seja exercida é o objetivo desta pesquisa. Para tanto, nos valemos do método quantitativo interpretativista para analisar os dispositivos dos editais. Chegou-se a conclusão que os sentidos de submissão e de silenciamento/censura, inscritos de forma durável no corpo do candidato nos levaram à configuração da “violência simbólica” em seleções. E pelo vislumbre de uma tentativa de pensar a relação entre candidatos e acadêmicos diferente, quiçá menos assimétrica tem-se ao longo desta pesquisa possíveis formas (diferente de fórmulas) que possam desestabilizar (desnaturalizar) práticas de poder no campo acadêmico.</span></font>