Parâmetros biomecânicos e fisiológicos do desempenho em nadadores com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FEITOSA, WELLINGTON GOMES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88221
Resumo: Na natação Paralímpica, há grande diversidade de deficiências e número de classes esportivas. Lacunas a respeito do desempenho em natação Paralímpica foram encontradas na literatura e exploradas em cinco estudos, cujos objetivos foram: (i) realizar revisão sistemática a partir de estudos com parâmetros biomecânicos, coordenativos e de desempenho em nadadores com deficiência, em protocolos e competições de natação; (ii) realizar revisão sistemática de estudos sobre consumo de oxigênio (V&#775;O2), lactato sanguíneo, esforço percebido e frequência cardíaca em protocolos para nadadores com deficiência física, visual e intelectual; (iii) avaliar a validade do consumo de oxigênio de pico (V&#775;O2peak) como estimador do consumo de oxigênio máximo (V&#775;O2max), e medidas fisiológicas complementares obtidas de teste máximo contra o relógio (200-m) e teste de nado incremental intermitente (Nx200-m) realizados por nadadores com deficiência física; (iv) avaliar o V&#775;O2max, o dispêndio energético metabólico total (&#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905;) e o custo energético (C) medidos na velocidade de consumo máximo de oxigênio (vV&#775;O2max) em nadadores com deficiência física; e (v) avaliar os parâmetros cinemáticos, coordenativos e de eficiência mensurados na vV&#775;O2max em nadadores com deficiência física. Para atingir os objetivos i e ii foram realizados dois estudos de revisão sistemática. Os principais resultados destes estudos (i e ii) foram: (i) nadadores com deficiências devem focar na frequência de braçadas com pequenos decréscimos na distância de ciclo para alcançar maiores velocidades, menor índice de coordenação de natação (mais negativo) e menores variações de velocidade; e (ii) o V&#775;O2, a concentração de lactato sanguíneo e a frequência cardíaca estão relacionadas ao comprometimento morfofisiológico de cada nadador. Dos estudos iii, iv e v participaram 11 nadadores com deficiências físicas. Dois testes foram realizados em nado crawl: teste de 200-m em máxima intensidade e teste de n repetições de 200-m em velocidade progressiva até atingir o V&#775;O2max. Cinemetria tridimensional e medidas direta de V&#775;O2 durante o nado, lactacidemia e frequência cardíaca foram realizadas. Do estudo iii, os principais resultados foram: as comparações entre os pares de medições diretas de V&#775;O2 foram similares (p &gt; 0.05), homogêneas, com dispersões aceitáveis e concordantes. Do estudo iv, os principais resultados foram: o V&#775;O2max foi 38.2 ± 8.3 mL.kg.min-1, a &#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905; foi 191.9 ± 51.7 kJ, e o C foi 0.8 ± 0.2 kJ.m-1. Do estudo v, os principais resultados foram: elevada dispersão e intervalo de confiança em todos os parâmetros cinemáticos e coordenativos (dentro do modelo de coordenação em captura). A variação da velocidade (IVV) foi maior nos nadadores com maior impacto da deficiência. A eficiência propulsiva (&#120578;&#119901;) foi maior nas classes esportivas com menor impacto da deficiência. Esta tese permitiu: (i) entender, de modo mais aprofundado as respostas dos<br/>parâmetros biomecânicos e fisiológicos em testes e competições realizados por nadadores com deficiências físicas; (ii) definir que V&#775;O2peak, em teste de 200-m nado crawl é similar ao V&#775;O2max em teste de velocidade progressiva em nado crawl; (iii) o V&#775;O2max, o C, a IVV, e a &#120578;&#119901; em nadadores com deficiência são dependentes da classe funcional; e (iv) a contribuição energética aeróbia foi similar entre os sexos. De modo geral, a heterogeneidade de funcionalidade de atletas da natação Paralímpica conduzem à necessidade de estudos que levam em consideração as individualidades a fim de melhor entender o desempenho e o treinamento necessário a esses nadadores.<br/>Palavras-chaves: avaliação, deficiência, consumo de oxigênio, nataçãoNa natação Paralímpica, há grande diversidade de deficiências e número de classes esportivas. Lacunas a respeito do desempenho em natação Paralímpica foram encontradas na literatura e exploradas em cinco estudos, cujos objetivos foram: (i) realizar revisão sistemática a partir de estudos com parâmetros biomecânicos, coordenativos e de desempenho em nadadores com deficiência, em protocolos e competições de natação; (ii) realizar revisão sistemática de estudos sobre consumo de oxigênio (V&#775;O2), lactato sanguíneo, esforço percebido e frequência cardíaca em protocolos para nadadores com deficiência física, visual e intelectual; (iii) avaliar a validade do consumo de oxigênio de pico (V&#775;O2peak) como estimador do consumo de oxigênio máximo (V&#775;O2max), e medidas fisiológicas complementares obtidas de teste máximo contra o relógio (200-m) e teste de nado incremental intermitente (Nx200-m) realizados por nadadores com deficiência física; (iv) avaliar o V&#775;O2max, o dispêndio energético metabólico total (&#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905;) e o custo energético (C) medidos na velocidade de consumo máximo de oxigênio (vV&#775;O2max) em nadadores com deficiência física; e (v) avaliar os parâmetros cinemáticos, coordenativos e de eficiência mensurados na vV&#775;O2max em nadadores com deficiência física. Para atingir os objetivos i e ii foram realizados dois estudos de revisão sistemática. Os principais resultados destes estudos (i e ii) foram: (i) nadadores com deficiências devem focar na frequência de braçadas com pequenos decréscimos na distância de ciclo para alcançar maiores velocidades, menor índice de coordenação de natação (mais negativo) e menores variações de velocidade; e (ii) o V&#775;O2, a concentração de lactato sanguíneo e a frequência cardíaca estão relacionadas ao comprometimento morfofisiológico de cada nadador. Dos estudos iii, iv e v participaram 11 nadadores com deficiências físicas. Dois testes foram realizados em nado crawl: teste de 200-m em máxima intensidade e teste de n repetições de 200-m em velocidade progressiva até atingir o V&#775;O2max. Cinemetria tridimensional e medidas direta de V&#775;O2 durante o nado, lactacidemia e frequência cardíaca foram realizadas. Do estudo iii, os principais resultados foram: as comparações entre os pares de medições diretas de V&#775;O2 foram similares (p &gt; 0.05), homogêneas, com dispersões aceitáveis e concordantes. Do estudo iv, os principais resultados foram: o V&#775;O2max foi 38.2 ± 8.3 mL.kg.min-1, a &#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905; foi 191.9 ± 51.7 kJ, e o C foi 0.8 ± 0.2 kJ.m-1. Do estudo v, os principais resultados foram: elevada dispersão e intervalo de confiança em todos os parâmetros cinemáticos e coordenativos (dentro do modelo de coordenação em captura). A variação da velocidade (IVV) foi maior nos nadadores com maior impacto da deficiência. A eficiência propulsiva (&#120578;&#119901;) foi maior nas classes esportivas com menor impacto da deficiência. Esta tese permitiu: (i) entender, de modo mais aprofundado as respostas dos<br/>parâmetros biomecânicos e fisiológicos em testes e competições realizados por nadadores com deficiências físicas; (ii) definir que V&#775;O2peak, em teste de 200-m nado crawl é similar ao V&#775;O2max em teste de velocidade progressiva em nado crawl; (iii) o V&#775;O2max, o C, a IVV, e a &#120578;&#119901; em nadadores com deficiência são dependentes da classe funcional; e (iv) a contribuição energética aeróbia foi similar entre os sexos. De modo geral, a heterogeneidade de funcionalidade de atletas da natação Paralímpica conduzem à necessidade de estudos que levam em consideração as individualidades a fim de melhor entender o desempenho e o treinamento necessário a esses nadadores.<br/>Palavras-chaves: avaliação, deficiência, consumo de oxigênio, nataçãoNa natação Paralímpica, há grande diversidade de deficiências e número de classes esportivas. Lacunas a respeito do desempenho em natação Paralímpica foram encontradas na literatura e exploradas em cinco estudos, cujos objetivos foram: (i) realizar revisão sistemática a partir de estudos com parâmetros biomecânicos, coordenativos e de desempenho em nadadores com deficiência, em protocolos e competições de natação; (ii) realizar revisão sistemática de estudos sobre consumo de oxigênio (V&#775;O2), lactato sanguíneo, esforço percebido e frequência cardíaca em protocolos para nadadores com deficiência física, visual e intelectual; (iii) avaliar a validade do consumo de oxigênio de pico (V&#775;O2peak) como estimador do consumo de oxigênio máximo (V&#775;O2max), e medidas fisiológicas complementares obtidas de teste máximo contra o relógio (200-m) e teste de nado incremental intermitente (Nx200-m) realizados por nadadores com deficiência física; (iv) avaliar o V&#775;O2max, o dispêndio energético metabólico total (&#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905;) e o custo energético (C) medidos na velocidade de consumo máximo de oxigênio (vV&#775;O2max) em nadadores com deficiência física; e (v) avaliar os parâmetros cinemáticos, coordenativos e de eficiência mensurados na vV&#775;O2max em nadadores com deficiência física. Para atingir os objetivos i e ii foram realizados dois estudos de revisão sistemática. Os principais resultados destes estudos (i e ii) foram: (i) nadadores com deficiências devem focar na frequência de braçadas com pequenos decréscimos na distância de ciclo para alcançar maiores velocidades, menor índice de coordenação de natação (mais negativo) e menores variações de velocidade; e (ii) o V&#775;O2, a concentração de lactato sanguíneo e a frequência cardíaca estão relacionadas ao comprometimento morfofisiológico de cada nadador. Dos estudos iii, iv e v participaram 11 nadadores com deficiências físicas. Dois testes foram realizados em nado crawl: teste de 200-m em máxima intensidade e teste de n repetições de 200-m em velocidade progressiva até atingir o V&#775;O2max. Cinemetria tridimensional e medidas direta de V&#775;O2 durante o nado, lactacidemia e frequência cardíaca foram realizadas. Do estudo iii, os principais resultados foram: as comparações entre os pares de medições diretas de V&#775;O2 foram similares (p &gt; 0.05), homogêneas, com dispersões aceitáveis e concordantes. Do estudo iv, os principais resultados foram: o V&#775;O2max foi 38.2 ± 8.3 mL.kg.min-1, a &#119864;&#775;&#119905;&#119900;&#119905; foi 191.9 ± 51.7 kJ, e o C foi 0.8 ± 0.2 kJ.m-1. Do estudo v, os principais resultados foram: elevada dispersão e intervalo de confiança em todos os parâmetros cinemáticos e coordenativos (dentro do modelo de coordenação em captura). A variação da velocidade (IVV) foi maior nos nadadores com maior impacto da deficiência. A eficiência propulsiva (&#120578;&#119901;) foi maior nas classes esportivas com menor impacto da deficiência. Esta tese permitiu: (i) entender, de modo mais aprofundado as respostas dos<br/>parâmetros biomecânicos e fisiológicos em testes e competições realizados por nadadores com deficiências físicas; (ii) definir que V&#775;O2peak, em teste de 200-m nado crawl é similar ao V&#775;O2max em teste de velocidade progressiva em nado crawl; (iii) o V&#775;O2max, o C, a IVV, e a &#120578;&#119901; em nadadores com deficiência são dependentes da classe funcional; e (iv) a contribuição energética aeróbia foi similar entre os sexos. De modo geral, a heterogeneidade de funcionalidade de atletas da natação Paralímpica conduzem à necessidade de estudos que levam em consideração as individualidades a fim de melhor entender o desempenho e o treinamento necessário a esses nadadores.<br/>Palavras-chaves: avaliação, deficiência, consumo de oxigênio, natação