Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A prevalência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) está aumentando e este incremento pode estar associado a mudanças no estilo de vida, tais como hábitos alimentares inadequados. Contudo, essa relação tem sido investigada por metodologias de estimativa de consumo alimentar mais tradicionais e não é conclusiva. Os padrões alimentares aparecem como uma nova proposta, que possibilita a avaliação do efeito sinérgico entre alimentos e nutrientes. Embora a idade avançada seja fator de risco para DHGNA, não foram encontrados estudos mostrando essa associação na população idosa. Neste estudo avaliamos a associação entre padrões alimentares e DHGNA em idosos. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 229 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Foram coletados dados de identificação, estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, atividade física), perfil de saúde (uso de medicamentos), bioquímicos (glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicerídeos), antropométricos (peso, altura, circunferência da cintura), dietéticos (três recordatórios 24 horas), de pressão arterial e ecografia hepática. Foi categorizado como portador de DHGNA o indivíduo cuja avaliação ultrassonográfica apontou esteatose hepática em qualquer estágio, na ausência de excesso de ingestão de bebida alcoólica. Os padrões alimentares foram obtidos por análise de componentes principais. Os dados de entrada foram os preditos de ingestão habitual em gramas obtidos após ajuste pela variância intrapessoal. Com os padrões definidos, calculamos o escore médio e erro padrão de cada padrão alimentar para o grupo portador e não portador de DHGNA e os escores médios dos dois grupos foram comparados pelo teste de Mann Whitney. Modelos de regressão logística múltipla foram utilizados para calcular o odds ratio (OR) e os intervalos de confiança (IC95%), para cada tercil dos escores de aderência ao padrão alimentar. Testes de tendência linear foram calculados utilizando o tercil da variável de exposição como contínua. Encontramos 103 (45%) portadores de DHGNA, dos quais 76,7% apresentavam estágio leve de esteatose. Identificamos também quatro padrões alimentares: tradicional, lanches regionais (Nordeste), obesogênico e saudável. As médias dos escores de aderência aos padrão saudável foram diferentes nos grupos com e sem DHGNA. A maior adesão ao padrão alimentar saudável apresentou associação com DHGNA (OR = 0,418,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">IC95%: 0,194; 0,900, p tendência = 0,027), após ajuste por variáveis de confusão (sexo, idade, valor calórico total, IMC, fumo, atividade física, renda familiar e medicamentos hipoglicemiantes) e os outros padrões não apresentaram associação com DHGNA. Concluímos que o padrão alimentar saudável está inversamente associado com DHGNA em idosos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Doença hepática gordurosa não alcoólica. Padrões alimentares. Idosos.</span></font></div> |
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