Velhice e espaço rural: (re)desenhando discursos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Duarte, Aline Gadelha de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111661
Resumo: Volta-se ao estudo sobre os velhos que residem no espaço rural, enfocando, principalmente, seu cotidiano. Um dos interesses da pesquisa foi saber a percepção que os velhos têm de si mesmos no espaço rural, articulada com suas experiências de vida, com as relações estabelecidas e os estereótipos sociais, que pudessem, porventura, embotar sua autonomia e seu potencial criativo. Nesse sentido, foi explorado o modo como se estruturam as relações de parentesco entre os membros da comunidade, a fim de conhecer como os velhos se comportavam e assumiam suas identidades dentro do grupo. O locus empírico foi uma área rural do interior do Ceará que possui 12 velhos, sendo cinco mulheres e sete homens. Partindo disso, realizou-se um estudo bibliográfico para compreender à luz da produção sociológica, os processos subjetivos e da prática cotidiana, mediante suas conversas, tradições, famílias, dentre outros aspectos. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e, do ponto de vista etnográfico, foi realizada sob o enfoque da História Oral, mediante a coleta dos discursos e análise dos dados. Ao longo da investigação, foi visto que o espaço rural transforma realidades tradicionais, de modo a criar formas de ser e de estar nesse espaço, instaurando-se outros papeis sociais. Acerca destes, observa-se, não necessariamente, como se supunha, uma padronização de atribuições específicas para homens e mulheres; percebe-se uma não internalização de valores simbólicos advindos do capitalismo que entende o velho como “descartável” e “inútil”, mas, ao contrário, verificou-se um crescente protagonismo deles ante a realidade do envelhecimento. Em suma, a pesquisa contribuiu para conferir maior visão social a esse segmento, não somente no que diz respeito ao contexto geográfico, em que estes sujeitos estão inseridos, porém, sobretudo, no concernente ao cenário social, ao se refletir sobre a emergência da efetivação de políticas públicas em lugares “esquecidos” e/ou marginalizados. Palavras-chave: Velhice. Espaço Rural. Cotidiano.PolíticasPúblicas.