Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Tatiana Izidoro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113622
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Resumo: |
O processo de cicatrização de feridas utiliza diferentes métodos de avaliação clínica e tratamento, com destaque o uso dos Ácidos Graxos Essenciais (AGE). Produto inovador, a Água de Coco em Pó (ACP) surgiu como um curativo bioativo aplicado em processos biotecnológicos, especificamente na produção de biofilmes interferindo positivamente na cicatrização de diversos tipos de feridas cirúrgicas. As Úlceras de Pé Diabético (UPD) se configuram neste contexto como um dos principais problemas associados às amputações de membros inferiores, sendo considerado um grave problema de saúde pública. O estudo visa determinar a diferença do tempo de cicatrização da úlcera de pé diabético com a utilização da água de coco em pó (ACP) comparado ao uso dos ácidos graxos essenciais (AGE). Trata-se de um estudo quantitativo, experimental, comparativo, aleatório, realizado no Hospital Memorial Arthur Ramos, composto de 30 pacientes atendidos no ambulatório com diagnóstico de pé diabético. Foi distribuído em dois grupos, 15 pacientes no Grupo Controle (GC), que receberam o tratamento com a utilização de AGE, e 15 pacientes no Grupo Intervenção (GI), com tratamento experimental com ACP. Para a análise estatística, foram utilizados o teste de Kruskal-Wallis e comparações múltiplas Dwass-Steel-Critchlow-Fligner. O perfil sociodemográfico e econômico mostrou 66,7% do sexo masculino, 43% na faixa de 42 a 49 anos, 70% pardos, 53,3% com ensino fundamental completo, 40% casados, 40% assalariados e 93,4% com renda até dois salários mínimo. Nas condições de saúde, 50% apresentavam deformidades em pé, 100% portadores de diabetes tipo II, 70% eram hipertensos, 23,3% tabagistas e 3,33% etilistas. Os pacientes com neuropatia úmida eram 53,3% e neuropatia seca, 46,7%, com lesão por trauma em 63,3%. O resultado mostrou que nos pacientes do grupo ACP a cicatrização completa se deu em 53%, granulação completa em 33% e 2% não cicatrizou num tempo médio de 4 semanas. No grupo AGE, com cicatrização completa foram 20%, granulação completa, 33,3% e 46,6% não cicatrizou, num período médio de 8 semanas. A análise demonstrou uma diferença significativa no tempo de cicatrização do grupo ACP entre cinco e oito semanas em comparação ao grupo AGE que teve entre oito e dez semanas (p ≤ 0.034). O teste de Kruskal-Wallis apresentou diferença estatisticamente significativa com p = 0,008 e confirma a realização do tratamento inovador como alternativo para a realização do tratamento com menor tempo de cicatrização. A pesquisa evidenciou que a diferença do tempo de cicatrização da úlcera de pé diabético com uso da ACP comparado ao uso de AGE foi significativa e o manejo bem-sucedido da ferida requer uma compreensão completa da cicatrização de feridas e os fatores que o influenciam, e neste contexto a água de coco em pó surge como um produto natural alternativo para utilização no tratamento das UPD. Portanto, portanto, esta pesquisa surge como pioneira na determinação do tempo de tratamento e fornece evidências de suporte para subsidiar novos estudos que possam atender aos requisitos metodológicos para estabelecer evidências científicas. Palavras-chave: cicatrização; pé diabético; produtos naturais. |