Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Leandro Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95542
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Resumo: |
As firmas tomaram conta de tudo, asseguram os sujeitos do Baixo Jaguaribe, a região que abriga a maior concentração de empresas do agronegócio da fruticultura no Ceará, responsáveis por introduzir um novo modelo de reprodução do capital no campo e por gerar um conflituoso quadro de desregulação social, ambiental e territorial, que pode ser percebido a partir de novas relações de uso, posse e controle da terra. Mediante a territorialização das firmas do agronegócio da fruticultura assistiu-se uma ressignificação da questão agrária na região, diante da pressão exercida por esses agentes hegemônicos interessados em explorar o máximo possível dos recursos disponíveis. Nesse sentido, esta tese volta-se para a relação entre agronegócio e questão agrária, tendo como recorte empírico a problemática observada no Baixo Jaguaribe. Assim, defende-se que a questão agrária da região jaguaribana passou a ser reconfigurada mediante a territorialização das empresas do agronegócio da fruticultura, implicando em novas estratégias de apropriação da terra e acirrando os conflitos agrários. Diante disso, nosso principal objetivo foi analisar a reconfiguração da questão agrária do Baixo Jaguaribe a partir da territorialização das empresas do agronegócio da fruticultura, ao passo que os objetivos específicos foram: i) evidenciar a atuação planejada do Estado na consecução do agronegócio da fruticultura no Baixo Jaguaribe; ii) compreender como se processou a expansão do agronegócio da fruticultura na região; iii) analisar as estratégias de territorialização e controle da terra por parte das empresas do agronegócio da fruticultura; iv) investigar os rebatimentos da territorialização das firmas do agronegócio na dinâmica fundiária da região; v) discorrer acerca dos conflitos agrários provocados pelas corporações do agronegócio da fruticultura. Para tanto, foram considerados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico; levantamento temático; levantamento documental; organização de hemeroteca; levantamento quantitativo; realização de trabalhos de campo; mapeamento participativo; engajamento efetivo-afetivo nos territórios. Com uma pesquisa centrada na análise de estudos de caso concernentes às seis principais firmas hegemônicas que atuam na região, pôde-se observar a intrínseca relação entre o Estado e o agronegócio da fruticultura, a expansão da produção de frutas em larga escala, as estratégias de territorialização e controle da terra por parte das corporações e os processos de latifundiarização e concentração fundiária daí decorrentes. Através da realização da pesquisa, assegura-se ser notável o cenário de reconfiguração da questão agrária do Baixo Jaguaribe impulsionada pela instalação das empresas do agronegócio da fruticultura, que introduziram novas formas de uso e posse da terra responsáveis por agravar e intensificar os conflitos agrários, redimensionar a dinâmica fundiária e alterar as relações sociais de produção, cujos rebatimentos extrapolam o debate realizado ao longo da tese e demandam a continuidade das pesquisas e da articulação política em defesa da vida, da terra e do território na região jaguaribana. Palavras-chave: Agronegócio. Questão agrária. Baixo Jaguaribe. |