Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Feitosa, Rúbia Mara Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85151
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Resumo: |
<div style="">Atualmente, percebemos que essa busca por uma causalidade orgânica para fenômenos psíquicos ainda prevalece, muita embora os estudos desenvolvidos se mostrem bastante inconclusivos. Se, muitas vezes, não se encontra respaldo tecnológico suficiente para comprovar a lesão orgânica em determinados processos de adoecimento entre trabalhadores, no campo do sofrimento psíquico e trabalho a dificuldade se torna ainda maior, na medida em que não está dado esse caráter palpável encontrado nos problemas que atingem diretamente o corpo. Assim, objetivamos com esse estudo compreender como se configura a queixa de sofrimento psíquico relacionada ao trabalho na perspectiva da singularidade do trabalhador. Para isso, procuramos, através de dois estudos de caso, identificar o que levou cada trabalhador com queixas sem base orgânica a buscar o atendimento em saúde do trabalhador, buscando articular essa queixa aos significantes que surgem em seu discurso. Em seguida, realizamos a escrita do ensaio metapsicológico, onde convocamos os conceitos psicanalíticos para dialogar com o que foi extraído das narrativas dos entrevistados. Por fim, destacamos algumas contribuições do referencial da psicanálise para o cuidado clínico de enfermagem aos trabalhadores em sofrimento psíquico: o posicionamento do enfermeiro frente à queixa de sofrimento psíquico, deslocamento do lugar de saber, ressignificação da clínica e a consideração da singularidade do caso. Estes, de modo geral, mencionam que o sofrimento psíquico não pode ser reduzido às alterações orgânicas (bioquímicas ou neurológicas); ou configurando apenas como apêndice das condições da organização do trabalho ou da estrutura de personalidade do trabalhador. O enfermeiro não pode ocupar um lugar de especialista. Ele precisa estar aberto à fala do outro. Se interessar pelo que este tem a dizer. Isso, muitas vezes, mobiliza a angústia, e daí a nossa pressa em responder à demanda com soluções imediatas. Ampliar o espaço de tempo entre ouvir a queixa e dar uma resposta, pode favorecer que o próprio sujeito elabore suas questões, se implique naquilo de que vem se queixar. Os enfermeiros e os demais profissionais podem entender que o trabalhador não procura o serviço apenas para obter um diagnóstico a fim de exclusivamente adquirir um benefício financeiro. Pensar, assim, seria um pré-julgamento. Compreendemos que receber um diagnóstico, seja para qual fim, não se configura no que de melhor se possa fazer pelo trabalhador, se este não receber um acompanhamento adequado. Por fim, não estamos propondo a escuta psicanalítica como um modelo de intervenção direcionado a atenção à saúde do trabalhador. Até porque como já havíamos dito a psicanálise refere-se à clínica do sujeito e, não, a uma clínica que atua conforme um recorte de saber sobre o sujeito saúde do trabalhador, saúde da mulher, saúde do idoso. No entanto, apostamos que a escuta fundamentada nos estudos psicanalíticos pode permitir que o enfermeiro, sai de sua posição de detentor do saber e abra uma chance para que cada um trabalhe ador. Palavras-chave: enfermagem; sofrimento psíquico; saúde do trabalhador; psicanálise</div> |